sexta-feira, 15 de abril de 2011

Tuna e Paysandu: emoções para arrebentar corações!

Mamão é o homem gol da Tuna.
Não existe favorito para o jogo de domingo entre Tuna e Paysandu. A história de que por ter um elenco mais caro, jogadores mais experientes e um treinador veterano fazem do Paysandu a equipe com maior condição de ganhar o clássico, é conversa mole. O jogo será difícil para ambas as equipes, mesmo porque o Paysandu quer vencer para sair da lanterna, já a Tuna vencendo é a quase certeza de estar no quadrangular final da segunda fase.
O treinador Flávio Goiano, da Tuna,  é um dos mais jovens treinadores profissionais em atividades em Belém. Ex-jogador, tendo inclusive vestido as três camisas: de Paysandu, Remo e Tuna,  Flávio tem mais ou menos quatro anos de profissão, embora desde que abandonou o futebol tenha vivido sempre perto das quatro linhas. Mas o pouco tempo como profissional já deu uma grande cancha ao "Coach" cruzmaltino, que consegue armar uma equipe com um esquema moderno, capaz de deixar o adversário confuso, coçando a cabeça. E é isso que Flávio quer continuar fazendo na Tuna. 
Treinadores e velho 4-3-3, com três homens no meio de campo e três atacantes. Sinceramente, vejo Flávio consegue enganar os adversários justamente nesse quesito, pois se analisarmos como a Tuna vem jogando, veremos que os laterais ou alas, ajudam o meio de campo e às vezes se transforma até em atacantes. É o caso de Maraú e Leandro, que são os dois laterais da Tuna mas sempre estão apoiando o meio e o ataque, inclusive chutando a gol. Já o propriamente dito meio de campo cruzmaltino, formado por Negreti, Japonez, Dudu e Adriano Miranda  é realmente o setor que deixa mais os adversários embasbacados. Explico: Mesmo que Negreti e Dudu sejam genuínamente volantes de desarmes, enquanto Japonez e Adriano Miranda são os homens de distribuição ou de ligação, os mesmo sempre estão na boca da área adversária, prontos para rebotes ou mesmo para fazer às vezes do atacante principal. Basta para isso que Mamão sinta a necessidade de recuar, num ataque pela direita, digamos assim, que tanto Miranda como Japonez podem fazer sua função, se infiltrando pelo miolo da área e chutando a gol.  Isso tem acontecido com certa frequência e é que faz com que se imagine que a Tuna jogue no 4-3-3. No caso, todos pensam que o terceiro atacante é Adriano Miranda, embora seja visível o funcionamente de um carrossel, que  permite que os dois laterais e os dois homens de ligação tornem-se, sempre, atacantes. Na verdade  -anotem e por favor, podem passar adiante- o sistema cruzmaltino, se observarmos bem,  tem tomado pouquíssimos gols, embora tenha criado  muitas oportunidades de fazer. Isso caracteriza a formação em que meio de campo e ataque não têm função definidas totalmente. Podem traquilamente recesar. O que está dificultando os gols é a pontaria. Atacantes e mias da Tuna t~em que levar à frente o projeto não só de criar, mas de finalizar, fazendo a bola , definitivamente, entrar nas redes.
Vejo que a grande sacada de Flávio Goiano como treinador da Tuna, foi recolocar Japonez para seu lugar de origem, o meio de campo, onde brilhou no sub-20 da Tuna, ao lado de outro grande volante Paulo de Tárcio, hoje no Cametá, e de Dudu, este último não sei por onde anda.
Para o jogo de amanhã penso que Flávio vai entrar com o time como na última formação, só trocando o zagueiro Bruno Oliveira, que substituirá seu xará Bruno Prado. Não afetará em nada a defesa. Mas espero que ele tenha os atacantes  Kanu e Zazá em forma para qualquer necessidade. Acho que será um jogo bom para Mamão e Fabinho, que são rápídos e habilidosos. Se aproveitarem bem poderão ter sucesso, podendo  até ganhar o jogo, embora, como coloquei no início, será uma partida difícil. Para o Paysandu. E para a Tuna.

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