O presidente licenciado da Confederação Brasileira de Futebol
(CBF), Ricardo Teixeira, não aguentou as pressões e renunciou hoje pela manhã ao cargo ocupado
por 23 anos. Ele abandona também a presidência do Comitê Organizador
Local (COL) da Copa 2014. As duas funções a partir de agora passam a ser ocupadas pelo ex-interino
José Maria Marin.
A renúncia foi oficializada por Marin em carta lida no Rio de Janeiro. O novo presidente disse que permanecerá no cargo.
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Teixeira coça a cabeça: a bronca nem começou |
Na semana passada, Ricardo Teixeira pediu afastamento da presidência da CBF por licença alegando problemas de saúde, e na oportunidade surgiram vários boatos sobre a possibilidade de renúncia.
O anúncio chegou logo após a publicação de reportagens que apontavam
ligações de Teixeira com a empresa Ailanto, investigada por
super faturamento no amistoso entre Brasil e Portugal, em 2008. O jogo
custou R$ 8,5 milhões aos cofres públicos. Mesmo que alguns fatos mostrem a ligação do ex-presidnete da CBF com o problema, Teixeira nega irregularidades.
Ricardo tal qual seu ex-sogro João Havelange, tornou-se em 23 anos como presidente da CBF, figura polêmica por seu autoritarismo e pelos descamins do futebol brasileiro. Fez grandes negócios, enriqueceu na CBF e através de seu poderio fez presidentes de federações regionais se eternizarem. Sobre a renúncia, segundo alguns boatos Teixeira estaria descontente com o assédio
que sua filha mais nova tem sofrido por causa das denúncias e, além
disso, estaria insatisfeito com o tratamento que tem recebido da
presidente Dilma Rousseff na organização da Copa de 2014.
O novo homem forte da CBF, José Maria Marin, de 79 anos, foi
vereador, deputado e governador de São Paulo entre 1982 e 1983, quando
foi apontado ao cargo pelo regime militar, portanto também um "filhote da ditadura".
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