A vitória nas penalidades do Sub-20 da Sociedade Desportiva Paraense sobre o Remo, depois do clube-empresa perder por 2 a 1, deve servir de lição para os três principais clubes da Capital, que insistem em não valorizar as categorias de base.
O trabalho feito pelos dirigentes da Desportiva, clube novo, que foi criado para trabalhar com jovens, mas sem nenhuma pretensão de chegar ao profissionalismo, vem dando frutos positivos e poderia espelhar dirigentes principalmente de Remo e Paysandu, que insisitem em trazer "bondes" em detrimento dos jovens que surgem nas categorias de base.
A Desportiva, que é um clube muito bem estruturado, funciona como Clube-empresa, bancado por uma equipe de 30 associados que no espaço de dois anos com trabalho e recursos próprios construíram uma sede com uma invejável infra-estrutura, que vai de campo futebol à academia, o que qualifica a equipe para ser brevemente uma das forças do futebol paraense. O time possui também funcionários e um ônibus para locomoção da equipe.
Segundo um dos diretores da Desportiva, Alacy Nahun, a idéia à princípio era fazer uma equipe para formar jogadores e cidadãos, o que passa pela formação técnica dos jovens atletas e na educação propriamente dita.
A decisão de partir para o profissionalismo se deu devido a ação de algumas equipes profissionais, que ficaram cortejando e até tirando os atletas da equipe. "Então decidimos disputar o profissional e já ganhamos esse título, que vai ser importante na formação da equipe que vai disputar a Segundinha e lutar por uma vaga no Parazão 2013", disse o dirigente.
A Desportiva ganhou o primeiro jogo da final com o Clube do Remo por 3 a 2. Na segunda partida, a equipe poderia até empatar. Mas como perdeu por 2 a 1 o jogo foi para a decisão nos pênaltis, cujo resultado foi favorável à Desportiva por 3 a 2. A equipe ganhou o direito de disputar a Copa Norte de Sub-20.
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