sexta-feira, 12 de julho de 2013

Sindpol afirma: dois mil homicídios em 2013

Para quem afirmou que iria acabar com a insegurança que ronda nossas vidas em Belém e em todo o Pará, como garantiu o governador Simão Jatene, podemos dizer que há muito ele perdeu o bonde da história.
Com a denúncia -segundo o dirigente sindical com provas- do presidente do Sindpol -Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Estado-, Rubens Teixeira,  que somente até o dia 8 deste mês já haviam acontecido 1980 homicídios no Pará, fica evidente que a Segurança tão sonhada pelos paraenses nos últimos anos só fez piorar. Aliás, vem piorando de ano para ano, Belém já chegando ao nada lisonjeiro título de capital mais violenta do mundo.
Segundo Teixeira, do total de 1980 assassinatos,  1893 foram homicídios e 87 latrocínios, que é roubo seguido de assassinato. Os números, segundo o dirigente sindical, são corretos e foram obtidos no SISP -Sistema Integrado de Segurança Pública.
Rubens Teixeira atribui o alto índice de criminalidade no Estado, a maioria na capital, pela falta de policiais em delegacias, principalmente em Belém, onde na periferia, segundo ele, o número de policiais é bem menor do que o necessário.
O dirigente apresenta números que em todo o Estado do Pará hoje existem apenas 2.400 policiais civis, quando na realidade a necessidade é bem maior.
"Necessitamos no mínimo 3.800 policiais para cobrir os municípios de todo o Estado. E o pior é que ate o final do ano, com a aposentadoria de pelo menos 300 companheiros, teremos esse número ainda menor", disse Teixeira, preocupado com o que poderá acontecer até o final de 2013.
Outro dirigente do Sindpol, Pablo Farah, aproveitou para lembrar que por falta de policiais, o sistema que é usado no interior ainda é bem pior do que na capital.
Segundo Farah, em 34 municípios do Pará não existe delegado e em pelo menos 10 não existe nem delegacia. "Na verdade, existe uma grande carência de policiais em todo Estado, o que consideramos inadmissível, porque sem polícia a bandidagem age à vontade".
O presidente do Sindpol, Rubens Teixeira, completa afirmando que em alguns municípios  "alguns colegas trabalham sete dias ininterruptos e folgam sete. Em outras localidades, trabalham 15 dias direto e folgam 15. Quer dizer, além do policial, que tem uma vida agitada ficar estourado, o município passa um grande período sem a cobertura policial. Para os dois dirigentes sindicais, o que está acontecendo com a categoria de policias  é uma verdadeira "Escravidão branca".
Mesmo com os números apresentados pelos dirigentes do Sindpol, o delegado geral da Polícia Civil,  Rilmar Firmino diz que existe exagero por parte do que apresenta o SISP. E se defende -e defende o governador-afirmando que até o final do ano pelo 600 novos policiais estarão nas fileiras da Polícia Civil.
A promessa de novos policiais, aumento salarial e melhor qualidade de vida da categoria é antiga. Os policiais já grevaram mas até o momento o "coelho não saiu da cartola". Rubens Teixeira diz que enquanto não houver uma mudança radical no sistema, a partir do aumento real do número de policiais, "os bandidos continuarão agindo, matando inocentes, não respeitando nem aos policiais, já que alguns agem na frente das delegacias".

Nenhum comentário:

Postar um comentário