quarta-feira, 9 de maio de 2012

"Uma longa viagem", um filme de memorias

Com estréia prevista para a próxima sexta-feira, o filme "Uma longa viagem", de Lúcia Murat e com Caio Blat no elenco, narra a história de três irmãos, um deles a própria cineasta Lúcia Murat. A linha dramática é dada pela história do caçula, que vai para Londres em 1969, mandado pela família para que ele não entrasse na luta armada contra a ditadura no Brasil, seguindo os passos da irmã. Durante os nove anos em que viaja pelo mundo, ele escreve cartas.
O ator Caio Blat e a diretora Lúcia Murat
Em contraponho à entrevista e às cartas, os comentários em off da irmã, presa política que virou uma artista reconhecida e viaja pelo mundo, quase num processo inverso ao vivido pelo irmão, que de viajante livre foi obrigado a enfrentar algumas internações em hospitais psiquiátricos.
"Uma longa viagem", não chega a ser propriamente um drama. No fundo, é um documentário com um toque sutil de memória, de quem viveu "in loco" o período difícil e complicado da ditadura no Brasil.
O longa de Lúcia Murat antes de ser lançado em circuito nacional já arrebatou alguns troféus: Prêmio da Critica de Melhor Documentário no Festival de Paulínia; Vencedor de Melhor Filme, Melhor Ator, Melhor Direção de Arte, Prêmio do Júri Popular e Prêmio Estudantil no Festival de Gramado.
"Uma longa viagem" é um filme que merece ser visto e analisado não somente por quem vivenciou e militou politicamente no período mais difícil do Brasil. Mas também por estudantes e jovens que queiram conhecer numa linguagem simples, os problemas do país e de pessoas nos anos de chumbo. É interessante, não somente pela forma como é feita a investigação, mas principalmente sobre o que motivou o filme: a morte do terceiro irmão.

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