quinta-feira, 10 de maio de 2012

Uma releitura dos almanaques

O amigo Carlos Mangabeira é do tipo "retrô", capaz de lembranças as mais diversas. Mesmo sendo cinquentão, fala de assuntos do "arco da velha". É comum o caro Manga lembrar de feitos acontecidos na Tito Franco, ou de um amigo que morava na São Jerônimo. Para ele "Maracangalha", "Bar Vasco da Gama", "Largo da Pólvora", Concurso Miss Brasil" e "Tertúlias" estão no seu dia a dia. Fato comum ele exercitar suas lembranças tipo quando o saudoso Manuel Henriques "perseguia" a garotada que tentava "furar" uma festa na Tuna de velhos tempos. Um almanque valioso, que diverte a si e aos demais.
Mangabeira é o cara. Lembrei dele, ao ler gostosa matéria em revista nacional sobre a volta dos almanaques à livrarias. E com status de best-seller. Pois é, quem não lembra dos Almanaques Eucalol, ou do  Jeca Tatu?  Quem foi criança nas décadas de 60, 70 lembra os velhos almanaques. Alguns saíam no final ou inicio do ano. Traziam novidades em todos os setores. Minha irmã adorava os de "modinha" (guarda essa, Mangabeira), que traziam as novidades musicais, ou então os de artistas de cinema americano. Era Elvis Presley para um lado, Alain Delon para outro. Cartaz ou "folheto" (e essa?) com "retrato" (nossa!) de Al Pacino, Marlon Brando e outros "galãs" (era assim que se chamava os bonitões).
Os almanaques modernos têm um bela feitura
Fui consumidor de almanaques. Não esqueço o Almanaque Capivarol e as Estampas Eucalol, um sabonete que nem sei se ainda existe. Aguardava também os infantis que saíam nos finais de ano como os de "Luluzinha", "Bolinha", Turma do Pererê do Ziraldo, coisas assim.
Chico Buarque também deve ter sido, pois um de seus "LPs" mais conhecidos tem o nome de "Almanaque". Um disco dos mais lindos do poeta fluminense, com grande s clássicos.
Os almanaques de hoje são bem mais elaborados e, ao contrários dos da época do Mangabeira (?). Também a tiragem dos novos almanaques são em torno de 12, 20 e até 50 mil exemplares. Não são um mundo de informações, mas do assunto que tratam, dão um verdadeiro show.
Com um "q" de nostalgia, mas ultra modernos e basicamente tratando de assuntos específicos -ao contrários dos velhos guias-, os almanaques atuais como "Jogos vorazes", que acaba de ser lançado, alcançou inicialmente uma tiragem de 12 mil exemplares. Já "O Almanaque Crepúsculo", que trata da saga vampiresca, tão em moda entre jovens e adolescentes, atingiu a venda de 50 mil exemplares.
Como ainda sou dos que preferem a literatura impressa tradicional, livros própriamente ditos, estou adquirindo um desses almanaques modernos: "O Guia Políticamente incorreto na Filosofia ", que trata de lugares-comuns do pensamento ocidental. Não vai me deixar -como antigamente acontecia com o Mangabeira- por dentro de tudo. Mas um assunto, com certeza, estou pronto pra dominar.

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