Será que de repente -não mais que de repente, como diria o poetinha- as duas principais equipes de nosso Estado vão voltar à suas raízes e formar equipes praticamente locais? É o que tem mostrado o farto noticiário das emissoras de rádio, televisão e principalmente de jornais. Remo e Paysandu, passam a trabalhar mais com a prata da casa, aproveitando os jogadores que estão com a idade estouradas nas categorias de base, e com o enxerto de alguns atletas mais experientes, formatando as equipes que disputarão o Campeonato Paraense de 2012.
Para este escriba, que sempre apostou nas categorias de base, nos jogadores e técnicos locais (é só mirar a equipe da Tuna Luso Brasileira que nós formamos em 2007, quando ganhamos a Taça Belém e fomos vice-campeões do ano), o que acontece no momento em nosso futebol é algo compensador em termos de sistema de gestão. Quando os dirigentes de nossos principais clubes chegam à conclusão de que estavam fora da realidade do nosso futebol, com investimentos equivocados e contratações precipitadas, é sinal de que algo de novo acontece em termos de gestão.
Não adianta o torcedor reclamar "da falta de time" e o dirigente eufórico dizer ou achar que por terem torcidas grandes e vibrantes Remo e Paysandu podem fazer folhas de pagamento exorbitantes e também abandonar as revelações das categorias de base e os atletas locais por jogadores que estão parados há tempos,a maior parte veteranos que chegam aqui sem nenhum comprometimento, somente em busca de ganhar uma grana boa e fácil.
Sei que tudo pode acontecer, principalmente com Remo e Paysandu, que hoje estão com técnicos locais e trabalhando à base da prata da casa, com poucos "importados" e quando estes aportam por aqui -ainda chegam erroneamente!- são com salários dentro da realidade dos dois clubes. Mas mesmo que Sinomar Naves e Nad ou Lecheva sejam dispensados nas primeiras partidas em que não conseguirem vencer, a intenção já valeu. Se não vingar, é outra história.
Penso que por ora, o Paysandu não fará mais a tolice de montar um time caro e sem qualidade como o que disputou o Paraense e principalmente a Série C. O Remo, que também fez contratações fraquíssimas em 2011, entre jogadores e comissão técnica, e que não chegou a lugar nenhum, foi o primeiro a mudar, passando para o sistema caseiro, vai repensar até trazer "os bondes" de passado recente.
E Viva a Tuna. Que na história de nosso futebol é a que mais valoriza a prata da casa. Espero que ainda faça uma equipe boa, competitiva, embora o tempo para Charles seja muito curto para o Parazão 2012. Mas, como sempre vejo o Pará como um grande celeiro, e as duas principais equipes estão com equipes niveladas com as demais... de repente-não mais que de repente- repetindo o que falou o poeta- a Tuna faz um time regular e pode até chegar lá. Eu -repito- vou torcer!
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