terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A música sempre bela de Belchior


Quem acompanha o Blog já conhece um pouco de minhas preferências musicais. Sou admirador em demasia da MPB, aficionado  por música country americana; gosto muito de rock progressivo, blue, jazz, bossa nova, samba de qualidade (não gosto do termo estranho " de raiz"), parado num chorinho, amante do samba-canção e louco, muito louco, por um carimbó, principalmente o de Pinduca ou de grupos  de Marapanim. Não descarto um clássico. Também não sou daqueles que diz: "qualquer música é boa, dependendo da hora". Sem essa. Quando a música é  boa qualquer hora é hora. Principalmente para quem não sabe dançar. Como eu.
E hoje eu acordei cantarolando Belchior. Um camarada super antenado com seu tempo, com sua gente, com o mundo. Belchior, com quem  que tive oportunidade de conversar várias vezes, e fiz duas entrevistas, é além de um excelente compositor e cantor, um senhor poeta e um pintor modernista, inclusive com atelier próprio em São Paulo.
Das suas centenas de músicas constantes em vários álbuns lançados a partir de 1975, quando ganhou um festival em Brasília com a musica "Na hora do almoço", gosto de pelo menos 40.  São canções que falam da vida, das revoluções culturais e políticas. De amores, de sonhos. Poesias de quem conhece poesia, pois Belchior, cujo nome é Antônio Carlos Belchior e mais um bocado de sobrenomes, foi além de estudante de medicina até o terceiro ano, nunca abandonou as letras, sendo um literato nato e um profundo conhecedor das letras portuguesas: de   Camões, passando por Camilo Castelo Branco, chegando a Antero de Quental até ao genial e imortalíssimo Fernando Pessoa.  Aliás, tomando um conhaque, bebida preferida de Belchior, juntamente com um bom vinho, já conversamos sobre isso.
Belchior é vidrado em rock. "Galos, noites e quintais" é um rock autêntico, com muitas guitarras e com uma letra que nos transporta ao empo em que havia galos, noites e quintais (um verdadeiro sonho!). Na bela cnção, ele homenageia seu conterrâneo Chico Anísio e um outro artista famoso, também de sua terra, o pintor Aldemir Martins, famoso por pintar galos.
Nada melhor então do que ouvir o grande Belchior, em show ao vivo, interpretando "Galos, noites e quintais". Presente do Blog nesta terça-feira com cara de quinta.

7 comentários:

  1. eu já lhe falei que Belchior é meu idolo maior,o senhor PRECISA me contar mais sobre as vezes que o senhor entrevistou ele pum dia desses,vou tentar assim de cabeça citar as músicas que eu mais curto dele,na ordem:
    Comentários a Respeito de John (um hino pra mim)
    Apenas um Rapaz latino-americano
    Alucinação
    Á Palo Seco
    Hora do Almoço
    Velha Roupa Colorida
    Dândi
    Galos,Noites e Quintais
    Não Leve Flores
    Bahiuno

    essas são as que eu mais sou apaixonado,mas todas tem um lugar no meu coração

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  2. eu gosto predominantemente de rock,do mais "clássico"(Chuck Berry,Jimy Hendrix,Jethro Tull,Pink Floyd,Beatles,Black Sabbath,Led Zeppelin...) ao atual (The Killers,The Strokes,Artic Monkeys,Moveis Coloniais de Acaju,Queens of The Stone Age...)
    mas sempre sobra espaço pra ouvir artistas que são menos usuais pros jovens como Belchior,Dalto,Moacyr Franco,Nelson Gonçalves ,Noel Rosa,Benito di Paula,Erasmo Carlos,Odair José,Nelson Ned,Pepeu Gomes,Jorge Ben....
    (não citei Chico Buarque,Roberto,Raul Seixas e alguns outros pq esses fazem grande sucesso com a juventude)
    dos artistas locais me atraem as obras do Verequete (que Deus o tenha) e do Carlos Santos (como músico ele era bom,mas só como músico)

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  3. Pô, camarada, você precisa ir na minha casa um dia para ouvirmos música. Tenho um aparelho que comprei recenetemente, que é um modelo retrô, que toca CD, vinil, Tocafitas, Rádio AM e FM, Pen drive e Cartão. Tenho o primeiro disco de Belchior (Alucinação), um inédito que ele autorafou para mim, e acho que ainda tenho fotos minha com ele durante uma das entrevistas. De suas músicas, todas que citastes eu tenho. Acho lindas também Retrato em 3X4, Populus, Divina Comédia Humana e Coração Selvagem. Sobre os roqueiros, os movimentos, os nacionais, aprendí a gostar depois de uita pesquisa. Noel ´[e excepcional, Nelson é Nelson e e A Balada Número 7 de Moacir Franco é algo assim fantástico. Vamos marcarm, fale paa o seu pai.

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  4. eu aceito,vou entrar de férias daqui a pouco,e vou ter muito tempo livre,se teu aparelho toca músicas que vem de Pen Drive eu posso levar alguns álbuns do Belchior que eu tenho em MP3 aqui no computador sem ser o excelente "Alucinação",eu tenho o "Medo de Avião" e o "Mote e Glosa" .

    Sobre a "Balada Número 7",é ao lado de "Pedágio" a música mais bonita deste injustiçado artista,que foi um grande ator,cantor,compositor e apresentador mas nunca teve o crédito merecido em nenhuma dessas funções

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  5. O Brasil é um celeiro de grandes artistas. Moacir é um deles. Como você tem bom gosto, vou levar uns "filés" que tenho aqui na empresa para casa para que ouçamos. Tenho também muita coisa do Raimundo Fagner, do Ednardo, do Nilson e uma raridade com um dos maiores compositores do Pará e do Brasil, o genial Antonio Carlos Maranhão. Pense num cara fora de série!

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  6. rapá,esqueci de mencionar o Ednardo do Pavão Misterioso,tem também o Zé Ramalho,o Alçeu Valença (não sei se se escreve assim) e o Zé Geraldo.

    a Nilson a quem se referes é o Nilson Chaves ?

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  7. É. O Alceu é assim mesmo, re, re, re. Já o Zé Geraldo (que é aquele do "Milho aos pombos", é do Sudeste, se não me falha a memória de Minas ou São Paulo. Um cara bom, que infelizmente não teve o reconhecimento que deveria ter. Coisas de quem a arte e a poesia em primeiro lugar de sua vida...
    O Nilson é o Chaves, que com seus parceiros, tipo João Gomes, Celso Viáfora, etc. t~em um trabalho de boa qualidade.

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