Gaúcho ganha muito para a realidade brasileira |
Defendo que todas as entidades, empresas e pessoas invistam da melhor maneira que acharem. A viabilidade econômica é o que importa para qualquer negócio. Mas, fazendo uma rápida reflexão, vejo que em alguns casos a coisa chega, na verdade, a afrontar. Por exemplo: O salário de Ronaldinho Gaúcho. Se receber o que a Imprensa divulga, é realmente uma afronta e das maiores, tanto para os trabalhadores normais que percebem seus salários, a maioria baixos e outros até bons, mas principalmente para quem estudou muito, tem pós graduação, doutorado, etc. Um milhão e meio, como falam que Gaúcho recebe mensalmente, é qualquer coisa de exagero para a realidade de nosso País, onde a maioria dos trabalhadores percebe salário mínimo de 550 reais!
Se Gaúcho ganha isso e, podemos dizer, é um caso isolado, já que ele é um astro, jogador diferenciado, espetacular, leva o torcedor ao estádio e, trocando em miúdos, se paga; o que se dizer de jogadores tipo "normais", que jogam um futebol razoável, como Adriano, que passou a maior parte do ano que se finda parado, sem produzir, e que ganha também mais ou menos o mesmo que ganha Ronaldinho valor ou coisa parecida mensalmente? É, como diria o camarada Petrúcio: dose para mamute!
Agora, vejo nos jornais que políticos da França estão questionando a possível contratação do veterano jogador inglês David Beckhan, pelo Paris Saint-Germain, que ofereceu a bagatela de 800 mil euros mensais (cerca de 1.900 mil reais) para ter o astro do cabelo arrumadinho em suas fileiras.
A chiadeira dos políticos franceses é, principalmente, pelo momento que vive a Europa hoje, com quase todos os países em uma profunda crise econômica, com índice de desemprego, queda do poder aquisitivo, etc., o que vem gerando muitos protestos nas ruas quase que diariamente.
Sempre defendi que jogador de futebol diferenciado deve ganhar bem mais que os "normais", porque é, antes de tudo, um artista, que leva público aos estádios e assim rende divisas para seu clube. Mas, vamos e venhamos. É necessário pensar em discutir um limite. Se não a coisa pode chegar ao caos de passado recente, tipo a época do jogador Raí, do São Paulo, que quando parou de jogar ganhava 400 mil mensais. É, realmente, complicado. Muito complicado!
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