sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Bom dia Belém, em seus 397 anos!





Nestes 397 anos de Belém, que serão completados amanhã, são muitas as canções que cantam a cidade. Quase todo compositor paraense  tem uma obra que homenageia o Para e, principalmente, Belém. Se fizermos uma rápida pesquisa encontraremos pelo menos 20 lindas canções, e todas elas com um fantástico valor cultural, de beleza incontestável.
Mas a canção "Bom dia Belém", de Edyr Proença e Adalcinda Camarão é, na visão deste escriba, o mais belo poema em homenagem à Belém musicado. Edyr, que foi além de compositor um renomado escritor e poeta, e Adalcinda Camarão, poeta, escritora e professora, os autores da canção, conseguiram em "Bom dia Belém", colocar todo o encanto da Cidade das Mangueiras num genial casamento de letra e música que sempre emociona quando uma de nossas cantoras interpreta.
São  emocionantes as interpretações de Leila Pinheiro, Lucinha Bastos e Fafá de Belém em "Bom dia Belém". 
O Blog, premia seus seguidores e navegantes com a versão maravilhosa de Fafa de Belém. E para o navegante acompanhar Fafá,  a bela letra de Edyr e Adalcinda. Curtam. A música e a aniversariante Belém!

Bom dia Belém

Há muito que aqui no meu peito
Murmuram saudades azuis do teu céu
Respingos de orvalho me acordam
Luando telhados que a chuva cantou
O que é que tens feito, que estás tão faceira
Mais jovem que os jovens irmãos que deixei
Mais sábia que toda a ciência da terra
Mais terra, mais dona, do amor que te dei
Onde anda meu povo, meu rio, meu peixe
Meu sol, minha rede, meu tamba-tajá
A sesta, o sossego na tarde descalça
O sono suado do amor que se dá
E o orvalho invisível da flor se espalhando
Cantando cantigas e o vento soprando
Um novo dia vai enunciando, mandando e
Cantando cantigas de lá

Me abraça apertado que eu vou chegando
Sem sol e sem lua, sem rio e sem mar
Coberta de neve
Levada no pranto dos rios que correm
Cantigas no ar
Onde anda meu barco de vela azulada
De foi depenada sumindo sem dó
Onde anda a saudade da infância na grama
Dos campos tranquilos do meu Marajó
Belém, minha terra, meu rio, meu chão
Meu sol de janeiro a janeiro, a suar
Me beija, me abraça que eu
Quero matar a imensa saudade
Que quer me acabar
Sem círio de virgem, sem cheiro cheiroso
Sem a chuva das duas que não pode faltar
Murmuro saudades de noite abanando
Teu leque de estrelas
Belém do Pará!

Um comentário:

  1. O a poesia está DIFERENTE da original.
    Falta o verso: "com medo das asas do galo cantando"

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