quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

O petróleo (de Lobato) continua nosso

Monteiro Lobato e um de seus livros que mostra sua luta  pelo petróleo
De repente -não mais que de repente-, como diria o poetinha Vinícius de Moraes, uma senhora que estava fazendo um trabalho de terraplenagem em seu quintal, visando a reforma de sua casa, foi surpreendida com um poço de petróleo que brotou do nada, sujando o ambiente e até mesmo as mãos da simpa´tica senhora com o precioso ouro negro. Sobressaltada, e não entendendo nada do que era aquilo, a mulher, moradora do bairro de Monteiro Lobato, no subúrbio de Salvador, procurou a Petrobrás, que confirmou: é petróleo, só não se sabe se a quantidade vale a pena para exploração.
A senhora, de nome Tereza, estava em companhia de sua filha, e reside em Lobato há pouco mais de dois anos e preside um associação, o que a fez aproveitar o ensejo para pedir às autoridades melhorias para o histórico bairro de Salvador.
O mais impressionante, para não dizer estranhamente coincidente, é que o novo poço de petróleo apareceu justamente no lugar em que há mais ou menos 75 anos foi encontrado o primeiro ponto de petróleo no Brasil. Lobato, bairro onde tudo se repetiu como há 75 anos, e que homenageia o escritor Monteiro Lobato que, também coincidentemente, foi um dos maiores incentivadores e defensores da idéia de que o Brasil era um celeiro de petróleo, produziu petróleo por mais de 30 anos -até a década de 70-, quando a Petróbrás deu como encerrada a produção, por considerar esgotados os reservatórios existentes.
Coincidente também é que a residência da sra.Tereza, a descobridora de petróleo no quintal,  fica na Rua Getúlio Vargas, que foi  o presidente do Brasil que criou  O CNP (Conselho Nacional de Petróleo) e a Petrobrás.
Só faltava mesmo, para completar o ciclo de coincidências, a sra. Tereza ser esposa de um dos manifestantes comunistas que na década de 50 fizeram a campanha nacionalista "O petróleo é nosso", que reivindicava que o petróleo brasileiro fosse explorado por brasileiros, e que as multinacionais ligadas às "Sete irmãs" não tivessem vez no Brasil.
Felizmente, graças à Monteiro Lobato, Getútlio Vargas e até à dona Tereza, que agora não quer mais sair do bairro de Lobato, o petrórlo brasileiro continua nosso. E farto, graças as várias bacias existentes em  Campos, as do Pré-sal e de... Lobato.

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