Crise em vários setores se alastra na Espanha

Sérgio Ramos "embarcou" a bola na cobrança do penalti

Situação caótica vive a velha Espanha. O castigo quando veio não foi para brincar, foi para deixar choramingando espanhóis de todas as regiões, da capital Madri à Barcelona.

Primeiro a notícia de que o Banco da Espanha acentuou queda no primeiro trimestre deste ano em 0,4 em relação ao último trimestre de 2011, quando havia baixado 0,3. Isso se configura a volta da Espanha à recessão, o que quer dizer inflação, desemprego, taxa de juros alta, situação muito ruim para o país do Rei Juan Carlos.

Depois a decisão da presidente da Argentina, Cristina Kirchner, em reestatizar a principal empresa petrolífera argentina, a YPF, que era controlada pela espanhola Repsol. A decisão de Cristina, que aumentou sua popularidade, aconteceu porque segundo fontes do governo e opinião do próprio povo argentino, a empresa petrolífera não estava cumprindo o que havia combinado. A reestatização da YPF foi importante para o país e para o povo argentino, mas não se pode, ainda, fazer uma avaluação de como ficará a imagem do país e as suas relações com o comércio e o mercado internacionais. Mas para a Espanha foi ruim, ou melhor, péssimo.

Terça e quarta-feira  aconteceu talvez o pior ou pelo menos o que mais contagiou os espanhóis. As duas maiores equipes de futebol do país, o Barcelona e o Real Madri caíram em seus respectivos estádios para o Chelsea da Inglaterra e o Bayern da Alemanha, sepultando de vez o sonho de chegar à final da Liga dos Campeões Europeus.

As duas equipes, consideradas as melhores do mundo, perderam a decisão de disputar a final do importante torneio  europeu com suas formações titulares, com cacifados e milionários atletas como Lionel Messi, Cacá, Cristiano Ronaldo e Iniesta, além de outros famosos e também milionários. 

Na partida terça, quando empatou com o Chelsea, o jogador argentino Messi, do Barcelona, perdeu uma penalidade máxima, que se fosse convertida, daria a vitória à sua equipe. Ontem, foi a vez de Cristiano Ronaldo, que mesmo fazendo dois gols, também sofreu o "efeito Messi" ou, para ser mais próximo, o "efeito Loco Abreu", perdendo uma penalidade, juntamente com o brasileiro Cacá e o espanhol Sérgio Ramos.

Com tantos  prejuízos, jornais italianos e espanhóis especulam que as duas equipes espanholas, principalmente o Barcelona, que está também praticamente fora da disputa do título do Campeonato Espanhol, poderão se desfazer de alguns de seus milionários jogadores. 

Tomara que as equipes brasileiras, que só vivem na pindaíba, não se metam a querer trazer  essas "peças" para cá. Já basta os ronaldinhos, os adrianos, os elanos...