terça-feira, 25 de setembro de 2012

A democracia chega ao Paysandu

Eleições diretas é o sonho de todas as nações, de todos os clubes e até de todos os condomínios. Todo mundo quer votar e nos clubes sociais e de futebol essa aspiração é bem antiga. Na Tuna Luso Brasileira, mudou o Estatuto e as últimas eleições já foram pelo processo direto, embora com alguns problemas metodológicos, mas bem mais democrático do que pelo colegiado, que é o processo em que o Conselho Deliberativo elege.
A novidade agora ficou por conta do Paysandu, que já a partir desse ano terá eleições diretas. Isso significa dizer que os associados do clube que estão em dia com suas obrigações, sejam remidos ou proprietários, e mais os conselheiros, beneméritos e grandes beneméritos poderão eleger aquele que está mais cacifado para dirigir os destinos da agremiação.
No processo de eleições diretas, a grande vantagem é que o associado pode avaliar, escolher e ver quem é quem. Mesmo que aconteça de um dos candidatos ser privilegiado por um grupo, seja de beneméritos ou grandes beneméritos, ou mesmo por uma forte tendência do eleitorado associado em dia com o clube, após o resultado dá para se saber o porquê da vitória de determinado candidato e até para se fazer uma avaliação de sua futura gestão.
Por exemplo, na Tuna, cujo processo eleitoral foi democrático mas com alguns lapsos: elegeu 15 nomes para a Diretoria, e as chapas eram conjuntas: Diretoria do Clube,  Condel e Conselheiros e da Assembléia Geral, o que  a meu ver é um retrocesso, mas mesmo assim não deixou de ser um avanço.
Na Águia, o vencedor das últimas eleições conseguiu um apoio que foi fundamental para sua vitória. Na realidade, na votação dos associados que participam, frequentam o clube e junto à maioria dos beneméritos e grandes beneméritos,  o atual presidente teve poucos votos, mas com o apoio do grupo que jogou todas as cartas em sua gestão, ele foi o vencedor. Venceu levou, não tem discussão. Resta saber o que acham hoje os que lhe apoiaram: se estão felizes ou "nem aí".
A verdade é que o grupo que apoiou o atual presidente, mesmo que tenha um grande força na Tuna, infelizmente tem pouca participação no dia a dia do Clube. Não conhece na verdade os meandros do clube, não frequenta para ver os problemas que são muitos; não respiram Tuna Luso Brasileira. Com certeza pensavam que estavam fazendo o melhor para a Tuna, tiveram boa intenção, mas, deu no que deu.
Eleições  diretas é um avanço. Mas é necessário que hajam critérios. No Paysandu gostei da metodologia: Uma chapa vai eleger somente Presidente e Vice, e a chapa que elegerá o Condel será outra, separada. Isso é avanço.  Na Tuna, infelizmente mudou o Estatuto mas o retrocesso de eleger 15 nomes atrapalhou, pois dentre os 15 eleitos nem cinco têm compromisso com o trabalho no Clube.

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