quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Técnicos passados na "casca do alho"

Todas as vezes em que são eliminados em um campeonato estadual ou em uma competição nacional, Remo e Paysandu de imediato soltam o verbo de que "doravante vão trabalhar com técnico e o máximo possível de jogadores regionais". É sempre o mesmo discurso. Os técnicos mais renomados do Pará como Sinomar Naves, Charles Guerreiro, Samuel Cândido, etc., sempre cedem, tentam ajudar, mas já estão passados na "casca do alho" com os dirigentes das duas equipes.
Só que agora parece que a coisa mudou. De tanto levarem "na cara", ninguém quer mais pegar nem Remo nem Paysandu, a não ser que seja com uma proposta concreta de trabalho. Com real oportunidade de fazer um trabalho planejado, com tempo hábil para aparecer o resultado.
E eles estão corretos. Os técnicos regionais, que já provaram que são competentes, quando assumem qualquer equipe, fazem um trabalho com os jogadores profissionais do elenco, com os da base, depois, quando acontece de perderem ou empatar uma partida, são defenestrados na maior, humilhados como se fossem despreparados. Isso acontece com normalidade e a meu ver é um grande erro dos dirigentes, uma enorme injustiça.
Sinomar só volta se for com moral
Por exemplo: Samuel Cândido, que é comprovadamente competente,  faz até questão de trabalhar fora, em outro estado. É mais valorizado. Já Charles Guerreiro, que também já provou em todas as equipes em que esteve à frente que conhece, sabe quem é quem,  entende de sistema tático, é desestimulado em trabalhar com as duas equipes, porque mesmo com todos os predicados, só é lembrado para "tapar buraco". O mesmo acontece com Sinomar Naves. Em sua última passagem pelo Remo fez um trabalho dos mais elogiáveis, promoveu vários jogadores da base, mas inexplicavelmente foi demitido. Ficou chateado e com razão, porque além de ter sido um bom jogador, é um profissional preparado, estudou, conhece bem a parte física, técnica e psicológica dos atletas porque se preparou para isso, pois junto com a grande experiência, possui terceiro grau e, consequentemente, preparo para trabalhar como profissional de futebol.
Sinomar é um homem fino no trato com as pessoas, com os jogadores e com a Imprensa. Sabe dialogar, tem respostas lógicas, não enrola, é um grande profissional.
Pelo sim, pelo não, penso que os técnicos paraenses não vão entrar na fria de dirigir novamente o Remo se não for feito um contrato sério, de respeito. As especulações, com certeza vão continuar. Mas acredito que, pelo menos Sinomar e Samuel não vão mais entrar na fria de  acreditar na "história de Trancoso" da diretoria remista. Afinal, é bem melhor trabalhar com uma equipe menor, mas com trabalho respeitado e garantido, do que ficar na dúvida de perder o emprego e o respeito por uma derrota ou um simples empate.

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