segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Remo se despede da Série D. E agora?

O Remo se despediu do Brasileiro da Série D na vedade no primeiro jogo com  o Mixto, na semana passada. O escore de 2 a 0 fora de casa mostrou o quanto o time de Marcelo Veiga era instável, sem a força e o talento que o fizessem merecer subir ´para a Série C.
Não vi o primeiro jogo no Mato Grosso, mas ontem, presenciei um Remo nervoso desde o princípio.  Seria um comportamento até natural, pela ansiedade de ter que fazer de imediato pelo menos dois gols, que lhe dariam uma maior tranquilidade para decidir no segundo tempo. O assunto deveria ter sido um dos motivos da preleção do técnico Marcelo Veiga antes do jogo. Não sei se isso aconteceu, mas se aconteceu, não surtiu efeito.
O Remo entrou, além de nervoso e ansioso, meio atarantado, sem um esquema definido. Dos quatro homens de defesa, apenas o jovem Thiago Cametá e Raphael Andrade conseguiram se destacar, defendendo e atacando, principalmente Cametazinho, mostrando ao técnico e à torcida que ficar fora da equipe titular era uma injustiça. O retorno de Ávalos foi um dos grandes erros do técnico remista. O jogador já demonstrou que é um atleta em fim de carreira e que não reúne mais condições físicas e técnicas  para jogar profissionalmente. 
O meio de campo do Remo não conseguiu mostrar coerência ontem. Nem mesmo Ratinho, um jogador que tem um estilo próprio de pegar a bola lá atrás e sair jogando, ou em passos longos, conduzindo bem a bola, ou com seus companheiros, o que consegue fazer com talento. Não é à toa que é o artilheiro do time. Mas ontem não foi bem o meia atacante azulino. 
Na verdade, no meio de campo azulino o único destaque foi para o jogador André, que saiu para entrada de Jhonatan, que não teve muito tempo para mostrar serviço. Aliás, não entendo por que Veiga tirou o jovem valor azulino do time. Talvez se tivesse entrado de início, com André e Alceu, o time tivesse trabalhado melhor pelo meio. Laionel foi um dos piores em campo. Vejo que nessa posição os melhores não têm chances: Reis e Marcelo Maciel. O "torcedor" Mendes também já era.
O ataque remista foi carente de um homem gol. Fábio Oliveira, vou repetir pela "onésima" vez: já deu o que tinha de dar. Cassiano, um bom jogador, mas ontem me pareceu um dos mais nervosos. Não jogou o futebol que conhecemos desde os tempos de Cametá.
Trocando em miúdos, o Remo não mostrou time para vencer o Mixto ontem. Pelo menos com muitos gols de diferença. Marcelo Veiga, a meu ver, mostrou que não conhece bem o elenco que tem, pois foi indeciso  nas escalações, mostrando não saber o potencial de seus jogadores e nas substituições foi mais infeliz ainda. Como se pode deixar um jogador como Marcelo Maciel na reserva de um Fábio Oliveira ou Cassiano? e pior: só colocar o jogador faltando um minuto para acabar o jogo?
Mesmo que a equipe matogrossense seja bem limitada, ontem pelo menos mostrou uma defesa segura e um meio de campo bem armado. No ataque, apenas Nonato, que pouco perigo levou, mas que mostrou que em forma é muito melhor que os veteranos daqui. O técnico Ewerton Goiano, do Mixto, ainda teve a sorte de nas substituições de Ley, que bateu muito, para etrada de Iury, e de Furlan, para entrada de Igor, o time cresceu, sendo inclusive o segundo o marcador do gol que definiu o resultado do jogo.
Uma pena, essa campanha do Remo, pois uma equipe que possui o patrimônio como é sua torcida, não poderia jamais fazer contratações erradas, nem de jogadores tampouco de técnicos. Foi feito pelo Remo um investimento grande, para uma campanha pífia.

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