terça-feira, 24 de julho de 2012

A crise sem fim do Flamengo

A crise que assola o Flamengo, que começou desde que a presidente Patrícia Amorim assumiu, ao que parece tende a se complicar ainda mais, depois da saída de Joel Santana. Na verdade, todos os problemas que afligem o Mais Querido começaram a partir da demissão do técnico Andrade, campeão brasileiro de 2009, que trabalhava com as categorias de base, foi guindado a técnico titular, sagrou-se campeão brasileiro, mas mesmo assim foi demitido por Patrícia, que não quis conversa em dar um pequeno aumento ao técnico que foi um dos grande ídolo do clube carioca na fase áurea do time, na décadas de 70 e  parte da de 80.
Patrícia, além de Andrade, praticamente obrigou daquele que foi o maior ídolo da história do clube, o Galinho de Quintino Zico, que na gestão da ex-nadadora flamenguista ascendeu como diretor de futebol, mas que por divergências com outro diretor e depois com a própria presidente, demorou pouco mais de três meses no clube. E Zico disse depois -e está cumprindo- que enquanto ela fosse presidente do Flamengo ele não poria os pés no clube.
Patricia, desde que assumiu as rédeas do Flamengo, em 2010, tem  criado uma série de problemas, desentendimentos co técnicos, diretores e jogadores de futebol que só fazem atrapalhar o time do Flamengo dentro de campo, além de outros vários setores da Gávea. Segundo depoimento de pessoas com grande penetração na Gávea, Patrícia Amorim em seu trabalho sofre forte influência de seu marido, Fernando Shima, que apesar de ser torcedor do Fluminense, possui um escritório na sala da diretoria do clube presidido por sua esposa. Shima atua como uma espécie de conselheiro da esposa presidente.
Patrícia: só problemas no Mengão
Na gestão de Patrícia Amorim os problemas só fazem se acumular, colocando em xeque uma gestão que se não tivesse tantos problemas poderia ser diferenciada, pois pela primeira vez uma mulher assume um clube de massa no Rio de Janeiro. Episódios polêmicos envolvendo jogadores de futebol, treinadores e diretores são os principais, avolumando-se a crise de uma maneira que, mesmo que em certos momentos os problemas sejam esquecidos, quando voltam é tipo uma cachoeira e chegam ao ponto de grupos unidos nas redes sociais  pedirem renúncia, impeachment, coisas assim, que demonstram toda a insatisfação de torcedores, conselheiros e beneméritos, chegando até aos funcionários e jogadores.
Patrícia Amorim, além do problema criado com Zico, que ela não teve habilidade para resolver, teve um verdadeiro "quebra pau" com Andrade, que por ser cria da casa e possuir uma história das mais bonitas com o Clube, tendo sido companheiro de jogadores que foram vencedores históricos: a geração de Zico, Júnior, Adílio, Leandro, etc., saiu decepcionado e até falando da ingratidão sofrida no clube; polêmica  também com Vanderley Luxemburgo, que ela preferiu não ouvir, demitir e ficar com Ronadinho Gaúcho, com quem depois entrou em colisão, pois Ronaldinho não deu mole e entrou na Justiça contra o clube, além de outros assuntos polêmicos que aconteceram nos seus três anos de mandato.
Agora, com a saída de Joel Santana, o Flamengo, na gestão de Patrícia Amorim, soma cinco técnicos demitidos, pagamento de multas (quatro milhões para Luxemburgo e dois milhões para Joel) sendo o próximo comandante da nau flamenguista o sexto treinador em três anos, o que significa um técnico por semestre, número nada elogiável para qualquer administração.
Como na visão deste escriba, na de muitos cronistas e de pessoas envolvidas com futebol, o problema do Flamengo não é simplesmente mudança de técnico, mas sim de gestão, com certeza muitos outros problemas e polêmicas virão até o final do mandato da presidente Patrícia Amorim. E com isso, o tempo vai passando, e o clube mais querido do Brasil vai somando crises em cima de crises, que além de afetar o time dentro de campo, afetam ainda mais e mais sua imensa torcida.

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