segunda-feira, 9 de julho de 2012

Seedorf no Botafogo e Forlán no Internacional. Quando a aposta é no "bonde"

Clubes brasileiros continuam importando refugos da Europa, que está falida economicamente e os atletas vêem como saída para continuar ganhando rios de dinheiro, os países árabes, orientais e o Brasil, que está tranquilo na área econômica. A nova vítima é o Botafogo, que tem até uma boa equipe e que deveria estar comemorando ter se livrado do veterano Loco Abreu, resolve fazer a tolice de trazer para suas fileiras o veteranissimo Seedorf que, sem dúvida alguma,  foi num passado já um pouco distante, um grande jogador, mas que hoje beirando os 40 anos, não rende mais 50 por cento do que rendia quando tinha 30 anos.
Na mesma linha de raciocínio, embora em escala menor, o Internacional de Porto Alegre traz o atacante uruguaio Diego Forlán, filho do ex-lateral sampaulino  da década de 70, Pablo Forlán. Diego ainda é um bom jogador, mas  já veterano e dentro de poucos anos será só saudade para o futebol, ou seja, um investimento muito alto para quem dentro de dois ou três anos terá que ficar com o velhote para ser auxiliar técnico ou outra coisa parecida.
Não sou a favor da contratação nem de um nem de outro. Já deram o que tinha de dar, são jogadores que logo mais estarão parando. Não têm também esse cacife tão alto que suas vindas para nosso futebol possa dar maior visão ou rentabilidade econômica para ambas as equipes. Mesmo porque o investimento é alto, pois vão ganhar muito bem. E embora nos dois casos investidores entrem com uma parte, não acho bom negócio.
Futebol é coisa para jovem. Equipes que têm uma boa gestão, com pessoas sensíveis e sensatas, que não trabalham com  resultados imediatistas,  mas preocupam-se em estruturar suas equipes para o presente mas, principalmente, para o futuro, não fazem investimentos tolos, pois sabem que com certeza serão prejudiciais.
O Corintians está numa situação complicada porque seus diretores não pensaram como verdadeiros gestores quando contrataram Adriano e Liedson. Os dois já vinham como refugo da Europa, embora Adriano seja um pouco mais novo que Liedson -está mais ou menos entre 30 e 31 anos-, mas com um cacife nada recomendável como atleta de futebol: sempre envolvido em problemas extra-campo, além de um criador de casos com técnicos e comissões técnicas, uma vez que não gosta de treinar, não cumpre horário, ao contrario, adora noitadas e bebida. Por isso está praticamente  descartado por equipes consideradas da Europa e de outros países, que vêem no jogador um problema. Mas deixou o "pepino" na Justiça para o Coríntians. Detalhe: a passagem de Adriano pelo Coríntians é praticamente esquecida pelos torcedores da Fiel.
Já Liedson é um jogador em fim de carreira. Beirando os 35 anos, o jogador, que teve excelente passagem pelo futebol português, no Sporting, está fadado a mudar de clube, pois curte uma reserva no Coríntians já há algum tempo. Agora, com a contratação do garoto Romarinho, suas chances de voltar a ser titular são mais remotas. Moral da história: mais prejuízo para  o Coríntians, que vai ter que dar um jeito para se livrar do veterano jogador.
Seedorf:  o novo "quarentinha" do Botafogo
Não sou contra os jogadores veteranos. Acho até que alguns podem fazer a diferença, dependendo como são colocados, posições, além da condição física, que muitas vezes é mais importante que a técnica. Conta aí também a vida pregressa do jogador. Mas não se pode fazer um investimento alto, principalmente quando se sabe que o jogador pode parar dentro de dois, três anos ou até menos. Por isso não acho justo fazer um investimento grande num jogador em fim de carreira, em detrimento de um jovem futuroso que está surgindo.
Exemplo disso está no nosso futebol. Jogadores jovens são praticamente defenestrados em prol dos mendes, fábio oliveiras, fabinhos, chiquitas e outros bacanas que encontram nas nossas principais equipes abrigo que perderam em outros estados.
É hora de dar uma renovada. O grande e saudoso João Saldanha, certa feita em um de seus artigos escreveu: "no Brasil surgem grandes jogadores a cada seis meses. No resto do mundo, principalmente na Europa, surge um a cada seis anos". É certo isso. Continua assim. E aqui no Norte é um dos grandes celeiros. Basta trabalhar com seriedade, dar apoio e  fazer os nossos jovens atletas brilharem.
E esquecer os "veteranos de luxo". Não temos bala na agulha para isso.

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