quarta-feira, 25 de julho de 2012

Massacre nos EUA lembra "Tiros em Columbine", de Michael Moore

Lamentavelmente, a história sempre se repete nos EUA: o massacre no Colorado, acontecido no início da semana, que deixou 12 mortos em um cinema, durante a pré-estréia do filme "Batman, O Cavaleiro das Trevas Ressurge" lembrou o massacre na Escola Columbine, em 1999, quando também 12 estudantes foram assassinados por dois colegas, naquela mesma região. Na época, o cineasta Michael Moore se debruçou sobre o tema em "Tiros em Columbine" (Bowling for Columbine) , lançado em 2002, que vale a pena ser revisto para entender como é alimentada a cultura da violência nos Estados Unidos.

Moore: um americano que tiro o chapéu
"Como é fácil adquirir armas nos Estados Unidos! Torne-se cliente preferencial, abra uma conta em nosso banco e ganhe um rifle de brinde. Afinal, a qualquer momento um terrorista árabe ou um negro de cara ameaçadora pode invadir sua casa!". Esse é o slogan de um banco estadunidense onde Moore consegue facilmente adquirir sua arma instantes depois de preencher uma ficha para abrir a conta.


“Tiros em Columbine” toca em um assunto que a mídia estadunidense pouco dá importância, mantendo o debate e a discussão sobre essa falta de controle de armas longe da sociedade. De maneira irreverente, ocineasta que muitas vezes exagera como panfletário, demonstra os caminhos para comprar uma arma, aponta nomes de donos da indústria armamentista, aborda políticos, vítimas e familiares. Um instigante trabalho de investigação que resultou em uma rara produção sobre o tema.
Parte interessante é quando ele depois de muitas tentativas, consegue entrevistar o ator Charlton Heston (falecido em 2008), um dos mais famosos de Hollywood e por toda vida defensor da liberdadade armamentista nos EUA. Heston sempre teve interesse em armas e na sua propagação, talvez porque fosse sócio e representante de fabricantes.
Michael Moore é um dos mais ferrenhos críticos de seu próprio país, os Estados Unidos. É contra o armamentismo, da violência, da arrogância e prepotência americana, e é um eterno crítico do que os EUA fizeram no Vietnã.
(A partir de post no Portal Vermelho).

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