terça-feira, 12 de março de 2013

Emílio Santiago: "nunca fumei nem cigarro"

O cantor Emílio Santiago permanece internado, convalescendo de um AVC que o acometeu na última quinta-feira. Considerado pela crítica um dos melhores intérpretes nacionais e uma das vozes inconfundiveis da MPB, o cantor é também compositor e advogado.
Aos 66 anos, Emílio Santiago tem 40 anos de carreira, iniciada nas festinhas no tempo de estudante de direito, na década de 70. Incentivado pelos amigos participou de alguns programas de calouros e arrebatou em quase todos o primeiro lugar. Gravou dezenas de discos, algumas coletâneas consideradas preciosas como "Aquarela Brasileira" onde interpreta canções famosas de vários compositores com um estilo  de interpretação muito próprio, inconfundível.
Crítico de alguns cantores e cantoras que surgiram pós anos 90, segundo ele todos sem a devida personalidade musical, Emílio, em ampla reportagem publicada ano passado, fez várias observações sobre as cantoras e cantores nacionais.
Emílio é um intérprete eclético de bela voz
"Sempre tivemos mais cantoras que cantores no Brasil. A maioria canta muito bem, mas a nova geração que vem surgindo se espelha muito no estilo de cantar, no timbre de voz e até nas roupas da Marisa Monte. É bom porque a Marisa é maravilhosa, mas falta algo, talvez um estilo mais próprio", diz o cantor.
Sobre as as cantoras baianas ele diz que elas se espelham muito no estilo de Daniela Mercury. "É como se várias Danielas cantassem ao mesmo tempo", diz brincando.
 Na entrevista, Emilio faz revelações sobre sua vida pessoal, assunto que ele confessa nunca gostou de falar. "Nunca publicaram que Emílio Santiago é gay", diz sorrindo.  É porque prefiro não levantar bandeiras". Sobre se é a favor da união homossexual, o cantor revela: "conheço vários famosos que vivem juntos há dezenas de anos sem propagar e sem casamento. Acho que a união só garante a questão jurídica, o que os dois juntaram em vida, etc. E só".
O artista, um dos mais requisitados para shows, fez outras revelações de sua vida, como a que foi criado por uma família, já que sua mãe e seu pai brigaram quando ele nasceu e com seis dias de nascido foi entregue a uma senhora que o criou e o educou como ao próprio filho.
Emílio é dono de uma personalidade marcante. Sobre a questão da liberação das drogas, o cantor insiste que não gosta de levantar bandeiras. "Nos anos 70 era até romântico fumar maconha; hoje é cafona, muito sem graça",  garante o cantor que diz que mesmo nos anos 70 nunca fumou nem cigarro.
Intérprete de sucessos como "Verdade chinesa" e "Saygon", o cantor chega a passar 10 dias fora de casa fazendo shows. Defende que a música brasileira tem que dar uma melhorada, porque está muito "cool".
Internado vítima que foi do Acidente Vascular Cerebral, o cantor não tem data ainda para deixar a UTI, e  por ora não se tem notícias se seu estado de saúde inspira maiores cuidados.

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