quinta-feira, 28 de março de 2013

Imbróglio que só nos envergonha

O que aconteceu ontem no Mangueirão, com a ausência do Santa Cruz e a vitória por WO do Paysandu, mostra o quadro de penúria em que vive o futebol paraense.
Nós, seres mortais normais, não podemos fazer muita coisa. O imbróglio existe, não podemos deixar de imaginar que a situação é bastante comlicada e nenhum pai de santo pode prever o que acontecerá no futuro. 
Mesmo com as ameaças de ambos os lados, não se sabe se o Campeonato Paraense será paralisado, se o Santa Cruz será penalizado, se haverá outro jogo entre a equipe de Cuiarana com o Paysandu ou se o WO vai valer de verdade. Existe na verdade um amontoado de pedras soltas e no momento não se pode, tampouco se tem, como juntá-las.
Quem é o culpado?; quem são os culpados?
Boa pergunta. É a mesma que quase toda a Belém esportiva está fazendo. Na visão deste escriba, culpadsos são os que comandam o nosso futebol com um visão ultrapassada, ditatorial, desrespeitosa com a maioria das agremiações.
É visível que para os dirigentes da FPF, lamentavelmente, só existem Remo e Paysandu. Os outros clubes, aos olhos deles, são meros partícipes, que por não terem torcidas tão numerosas como os dois clubes, têm que aguentar  as ordens dos qe comandam a "madrasta".
E foi o que aconteceu. Um bando de problemas urgentes que surgiram na calada da noite, todos inexplicáveis, vale salientar, e que demonstram claramente que tudo foi idealizado para beneficiar o quase excluído do G-4  Clube do Remo, e por tabela seu "irmão" de sangue, Paysandu.
É complicado para este escriba dizer que o senador tucano Mário Couto tem razão em não aceitar o que a FPF fez na segunda-feira. A entidade que dirige nosso futebol deu uma grande pisada de bola, e como o senador é um homem muito vivido, matou a charada e deu o bote.  E temos que reconhecer, o homem forte do Santa Cruz está coberto de razão. O Estatuto do torcedor lhe dará razão, como também se tiverem "aquilo roxo", os outros dirigentes de clubes.
Negócio seguinte: como podem dois ou três  clubes (a Tuna chegou na marra, não foi convidada) serem os únicos convidados para uma reunião em que está em jogo o futuro de oito equipes? Pois foi o que aconteceu. Remo e Paysandu decidiram, sob os auspícios do presidente da FPF e de seu diretor técnico Paulo Romano, o desdobramento das quatro partidas da 7ª Rodada do Parazão: a mudança de local do jogo do Santa Cruz com o Paysandu e a realização das partidas entre Tuna e Paragominas e Remo e Águia de ontem para o outro dia, no caso hoje. 
Sinceramente acredito que o Campeonato está comprometido. O jogo de ontem e os dois de hoje podem até valer. Mas o WO é vergonhoso. Como também é triste e vergonhoso se chegar a uma situação como a que chegamos, como ameaças de clube ir à justiça comum, agressões verbais de dirigentes, coisas que só denigrem nosso futebol e ameaçam nosso futuro.
É importante que as partes tenham muita calma nessa hora. O Pará é um estado em que o futebol é idolatrado. Não somente por Remo e Paysandu, mas por todos os torcedores paraenses. Não está fácil de ser resolvida a situação, mas temos que trabalhar com justiça. Nada de quiprocós e brigas pessoais.
Depois dessa tempestade,  seria importante até que o coronel Nunes e sua equipe, que está entronizada há muitos anos na FPF, aproveitasse o gancho do imbróglio em que colocaram o futebol paraense, e entregasse o boné, deixando para outros os destinos de nosso futebol.
A chance é grande. De repente o coronel e seus colaboradores aproveitam.saem e dão espaço á outras cabeças, com novas idéias. Isso é democracia.

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