terça-feira, 13 de agosto de 2013

Filme retrata vida de Camille Claudel

Filmes sobre a vidas de artistas, principalmente pintores e escultores, sempre despertam muita atenção, curiosidade. Foi assim as películas que mostraram a vida de gênios como Pablo Picasso, Vincent Van Gogh, e Jean Michel Basquiat, este último, um artista americano que começou como grafiteiro e muito jovem ainda tornou-se famoso com trabalhos em pinturas neo-expressionistas, hoje avaliados em milhões. Basquiat morreu precocemente aos 28 anos.
...escultora Camille Claudel
A atriz Juliette Binoche que interpreta a ...
Os filmes mostram sempre, além do lado artístico, a vida normalmente atribulada desses personagens, seja pelo excesso de amores, pelo abuso do álcool, de drogas -caso de Basquiat- ou de problemas de doenças, tipo a esquizofrenia, como foram os casos do pintor holandês Vincent Van Gogh e da escultora francesa Camille Claudel. 
O filme "Camille Claudel: 1915", que retrata um pouco da sofrida vida da escultora francesa, estreou semana passada no Brasil. Camille, que foi amante de Auguste Rodin,  autor  de obras famosas, dentre as quais a escultura "O Pensador", após se separar foi internada pela família num manicômio como esquizofrênica, doença que ela não admitia ter. O longa, do cineasta Bruno Dumont mostra os três dias iniciais do primeiro ano de internação de Camille numa clínica para esquizofrênicos, onde a escultora ficou enclausurada, sendo obrigada a conviver no meio de portadores de doentes mentais bem mais graves do que seu problema, cujo diagnóstico nunca foi confirmado como esquizofrenia.
No manicômio, um asilo mantido por religiosas, Camille vive cercada por doentes mentais com surtos psicóticos e apesar de garantir que não tem problemas mentais nas cartas que envia a familiares, mostra, também, que desenvolveu uma manai de perseguição por parte de seu ex-amante, Auguste , além de garantir que os doentes do asilo tentam todos os dias envenená-la.
Rodin
O sensacional do filme é a bela atuação de Juliette Binoche, que para fazer o papel de Camille, sem ter um roteiro especial, conviveu com a realidade de portadores de deficiência mental, paranóia e mal de Alzheimer. O resultado é surpreendente.
Camille Claudel passou três décadas no asilo, longe da família, dos amigos e do seu trabalho como artista. Nesse interminável período lutou escrevendo cartas onde defendia a própria lucidez e o ansioso desejo de voltar a trabalhar como escultora.
O filme, em cartaz nas salas do sul e sudeste do país,  ainda não chegou a Belém, mas os cinéfilos estão de prontidão na espera de ver mais essa sensacional atuação da sempre bela e excelente atriz Juliette Binoche, que dá vida à escultora Camille Claudel.

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