quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Retrato em 3x4 da crise no São Paulo

Situação dos quatro times que estão na zona de rebaixamento da Série A é das mais complicadas. O primeiro e o segundo deles, Criciúma e Portuguesa de Desportos, ainda podem sonhar, embora para isso tenham que "rebolar", já que com 15 e 14 pontos é bem difícil, à essa altura do Campeonato, faltando apenas 23 partidas para o final.
Os dois últimos colocados, São Paulo, com 11 pontos, e o Náutico na lanterna, com oito pontos, são os que podemos até dizer estão praticamente degolados.
É até entendível Criciúma, Portuguêsa e Náuticos estarem numa situação tão delicada. São equipes consideradas menores, além de estreantes na Série A. Mas a situação do São Paulo, vice lanterna com apenas 11 pontos, não dá para entender, não.
O time vive uma "pindaíba" das maiores, nada dá certo, mesma a equipe sendo uma das mais caras do país, com um elenco de qualidade,  mas que de repente só faz desandar. 
As contratações não têm dado certo, como também os técnicos. O clima de animosidade entre alguns jogadores é visível. O veterano Rogério Ceni, com 20 anos de clube, se considera tipo "dono do São Paulo". Critica colegas, "derruba" outros, aumentando a insatisfação do elenco, o que sem dúvidas influi no rendimento da equipe.
Com todos os problemas dentro do elenco, o São Paulo ainda vive uma outra situação, das mais  sérias com os atletas de qualidade que já fazem parte do time há algum tempo e com as mais recentes contrações.
Exemplo maior é do artilheiro Luis Fabiano, que está num grande jejum de gols e para completar a onda de má sorte, só vive no Departamento Médico.
Osvaldo, um dos melhores da equipe, de repente caiu de produção, deixando de ser aquele meia "garçon" e também um dos artilheiros da equipe, sendo inclusive substituído em quase todos os jogos.
Lúcio, zagueiro penta campeão do mundo, foi contratado, não mostrou serviço no São Paulo, foi substituído numa partida, não gostou, reclamou, foi afastado e recebeu bilhete azul.
Paulo Henrique Ganso, outrora um grande jogador no Santos, ainda não produziu o que sabe no São Paulo e só agora está reconquistando sua vaga de titular.
Aloísio, outro atacante que vinha até bem no time, joga só na vontade. Não consegue finalizar com qualidade e perde lances infantilmente, mostrando que a "peitica" sampaulina é grande. Domingo mesmo, foi mal e ainda marcou um gol de mão, que lhe valeu um cartão amarelo.
Jadson, que esteve recentemente entre os convocados de Felipão, está cada dia pior, não rendendo 50 por cento do que mostrou há alguns meses atrás.
Nessa onde de má sorte sampaulina, jogadores que são exímios batedores de falta e de penalidades máximas, como Rogério Ceni, Jadson e Luiz Fabiano, não estão conseguindo marcar. Ceni perdeu dois seguidos e domingo, contra o Flamengo, foi a vez de Jadson desperdiçar um pênalti que seria o gol da vitória.
Apesar de todas essas situações, a torcida tricolor ainda acredita que o São Paulo não vai cair. Oito pontos na verdade é muito pouco. Só restam para a equipe 24 jogos, ou seja, tem que fazer pelo menos mais 40 pontos para continuar na elite de futebol. Tipo vencer 13 jogos e empatar pelo menos um ou dois.
Paulo Autuori, que em seu retorno ao Brasil falou muito mas que até o presente não está mostrando resultados positivos, tem que se mexer muito. Ainda está prestigiado, mas como o que dá moral ao técnico é vitória, se não vencer os próximos jogos pode ser mais um técnico degolado. É a única certeza que existe no time tricolor. Antes que o São Paulo seja a próxima vítima. 

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