segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Paysandu já chegou ao poço

Antes mesmo do técnico Arturzinho chegar, já havia postado aqui que ele -como qualquer outro técnico que chegar- não resolveria o problema do Paysandu. Infelizmente a ilusão ou a teimosia de alguns dirigentes que ainda insistem em substituir o técnico nas primeiras derrotas de qualquer equipe, ainda prevalece. O problema do Paysandu é outro, muito longe de ser o técnico.
O Paysandu -tenho insistido com o tema também- não tem uma equipe competitiva para a Série B. O time é fraco  técnica e fisicamente. Joga até regular no primeiro tempo, mas no segundo abre o bocão e manda qualquer vaca para o brejo.
No sábado a coisa não foi diferente. O Paysandsu começiu até bem. O Icasa estudou o adversário e no segundo tempo s[o deu ele:  mandou no jogo.  O Icasa é um time do interior mas é arrumadinho. Vem jogando junto já há algum tempo e tem jogadores de qualidade, além de alguns experientes como Geraldo, que há dois anos brilhou no Ceará Sporting, depois foi para o Vitória, no retorno fechou com o Icasa e está aí, com quase 40 anos ainda dando um show pelo menos em um tempo.
Arturzinho, já postei aqui, é muito bocudo. Fala muito, tem muita conversa e é bastante arrogante. Quando chegou disse que iria arrumar o time e logo no primeiro jogo, foi taxativo que quem havia perdido o jogo não eram somente os jogadores, "mas eu também".
Agora já muda de conversa. Diz que o time não tem qualidade, que nem o Guardiola tira o Paysandu da atual situação, e completa dizendo "o problema não é comigo". Belo discurso.
Muita conversa fiada. O time realmente tem que mudar. Mas só muda contratando e ai é que mora a dificuldade. Contratar quem, se não existe coisa boa no mercado?
A situação é lastimável. Palpito que  Paysandu tem tudo para, infelizmente, cair. Ou melhor, voltar para seu lugar de origem, à Série C. Não está tendo competência para administrar a subida tão sofrida. É só analisar: em 17 jogos não teve aproveitamento de nem 0,9 por partida. Como restam 21 jogos, e a tendência é a equipe não evoluir, como dirigentes e torcedores querem, a lógica é não fazer os 33 ou 35 pontos necessários para somar com os 15 que a equipe tem e permanecer na Série B. 
Pode até acontecer de o Paysandu v irar o jogo, pois, como disse Nenê Prancha:  futebol é uma caixinha de surpresas. Mas quem em 17 partidas ganhou apenas quatro e perdeu 10, não tem norrau para pelo menos sonhar que em 21 jogos vai vencer 11. É querer demais, imagino.
Resumindo: o Paysandu ainda não chegou ao fundo, mas já está com certeza no poço.

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