A insistência deste escriba na valorização do paraense, seja nas artes plásticas, no cinema, na literatura, na música, no futebol, em qualquer coisa que seja, às vezes vinga sem ninguém esperar. Sábado foi assim. O Paysandu começou o jogo perdendo para o Cuiabá com um elenco bem "papa-chibé", mais da metade dos jogadores paraenses, prata de casa original. E o treinador também, o já "paraense" Lecheva, pois começou na Tuna, depois foi para o Paysandu e hoje é o eterno quebra galho, sendo o substituto imediato dos técnicos que chegam de fora, não resolvem o problema do time, recebem uma grana altíssima e depois ainda vão à Justiça cobrar mais um pouco.
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O humilde Lecheva |
Esse tipo de coisa quando acontece este escriba fica -modéstia à parte-, de peito lavado. Confio muito nos nosso jogadores paraenses, atletas que na maioria das vezes torcem pelos dois maiores clubes locais ou no último caso, pela Tuna. Mas joguem em qualquer um dos três clubes, principalmente quando o confronto é com equipes de fora, eles dão tudo de si. Jogam a vida, fazem das tripas coração. Quando o resultado é positivo, como sábado, é maravilhoso.
Como coloquei na última postagem em que falei do Paysandu, acho que não seria necessário contratar técnico de fora, tampouco mais nenhum jogador aventureiro. O Paysandu -como também o Remo- possuem elencos competitivos, necessitando apenas que os técnicos conheçam os atletas, suas funções, seus desempenhos. Não adianta trazer Givanildo ou seja lá quem seja se ele for fazer o que os anteriores fizeram: valorizar os de fora em detrimento das pratas de casa.
Lecheva, com os atletas paraenses, fez o dever de casa, com muito talento, pois como foi um grande jogador, deve ser um grande técnico. Mostrou que é possível. É só dar tempo para que ele pegue mais o macete, goste da coisa, adquira estilo e seja disciplinador, não daquele típico de gaúcho tocador de gado. Já ouví dezenas de torcedores dizendo: "Fica Lecheva".
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