terça-feira, 7 de agosto de 2012

De volta o rabugento Givanildo

Roberval Davino -como cantei a pedra- caiu. É mais um técnico que passa pelo Paysandu e não consegue resolver o problema da equipe. Davino não é dos piores técnicos. Conversa bem, faz uma boa leitura dos jogos, mas não conseguiu fazer a equipe bicolor andar. A meu ver Davino errou muito na escalação do time. Sempre usava um time diferente para cada jogo, um demostração visível de sua insegurança com o elenco. Botou a garotada, os veteranos que estão dormindo e comendo por lá, ressuscitou Vanderson, mesclou os veteranos com os garotos, mas não encontrava o caminho da redenção bicolor.
Previ a queda do técnico que conseguiu ganhar um título pelo Remo na Série C, naquele empate inexplicável com o Santa Cruz, quando esteve com a vitória nas mãos e aos 39 do segundo tempo sofreu um gol e logo depois, aos 45, o segundo. Foi um erro tático, que deixou claro que Davino está perdido com o elenco.
Na sua passagem bem curta pelo Paysandu Davino não vai deixar boas lembranças para o pobre torcedor bicolor, que luta e reza já há vários anos para entrar na Série B, já tendo quase caído para a Série D e  também morrido na beira, perdendo a grande chance na derrota para o Salgueiro. 
Como fazem sempre, o diretor de futebol (ou o presidente Luizomar) já  agiu rápido e "resolveu o problema". Está trazendo de volta para Belém o pernambucano Givanildo Oliveira.
É um bom técnico. Mas não vai resolver o problema do clube. Ainda faltam muitas rodadas para a o final da primeira fase da Série C, mas Gilvanildo vai ter que ralar muito com os "craques" bicolores para  conseguir formar uma boa equipe. Jogadores existem até demais. Muitos boleiros, muitos veteranos, mas a maioria infelizmente  descomprometida. Leandrinho que o diga.
Se pensar bem, vai trabalhar com os mais jovens -boa parte paraense-, aposentar alguns que não jogam nada e ainda falam muito e chamar para uma conversa os que pensam que são estrelas.  Pode ser que tenha sucesso, embora tenha minhas dúvidas, pois parece que existe motim na Curuzu. Mas o melhor para o Paysandu, ao meu ver,  era tentar resolver a situação "periclitante" em que se encontra com uma fórmula caseira. Pega um técnico local, dar liberdade para ele trabalhar e cobrar resultados. Com certeza vai ter críticos, mas à essa altura do campeonato literalmente, não dá para fazer muita coisa, não.
Mas é isso. O rabugento Givanildo, o sempre nervoso e irritado Givanildo, está de volta.  Mais uma vez querem que ele seja o "salvador da pátria". Mas anotem, por favor: ele vai chegar dizendo justamente que "não veio para salvar nada".

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