quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O adeus do palmeirense Marcos

Marcos, o Homem da Camisa 12,  se aposentou
A grande diferença do goleiro Marcos -que acaba de se aposentar da profissão de jogador de futebol, depois de ter passado duas décadas com a camisa 12 do Palmeiras- para outros goleiros é o seu estilo pessoal de agir nos momentos mais importantes: nas vitórias, sempre diz que foi a equipe que venceu, lembrando com humildade a importância dos companheiros. Nas derrotas: falando a verdade sobre quem não deu o sangue, quem não quis se doar.
Isso mostra que a personalidade de Marcos é quem fez a diferença em sua longa e vitoriosa carreira no Palmeiras. Estilo que o fez ser um ídolo da torcida, admirado por dirigentes e até por torcedores de outras equipes, que têm no arqueiro um homem, um amigo e uma pessoas que tem 1,93 m de pura sensibilidade e amor pelo que fez profissionalmente durante toda a vida.
Marcos não nega que é palmeirense. Quando diz que tem é "que agradecer o que o Palmeiras fez" por ele, está sendo honesto, e cheio de uma coisa que, infelizmente, a maioria dos jogadores de futebol não têm: humildade. Principalmente os goleiros, que nunca querem ser os culpados nas derrotas, mas quando são "os heróis" nas vitórias ficam babando.
Jovem do interior e meio  tímido, Marcos chegou no Palmeiras há exatos 20 anos, em 1992. Foi reserva do reserva, só conseguindo a titularidade a partir de 1996, no lugar de Veloso, outro bom goleiro palmeirense.
Mas sua carreira começou mesmo no Lençoense, de sua cidade natal, Lençóis Paulista, nas categorias de base. Chamou a atenção de várias equipes mas foi parar no Palmeiras.
Campeão da Libertadores em 1999 e Tetra campeão do Mundo, em 2002, Marcos termina sua longa carreira no Palmeiras de bem com a diretoria, que vai lutar para perpetuar seu nome e a camisa 12 que marcou sua carreira, e com a torcida, que o idolatra ao ponto de chamá-lo de santo. 
Para quem passou 20 anos debaixo da trave, defendendo as bolas mais difíceis, pênaltes, e às vezes tendo que suportar um ou outro alopradinho o chamar de "frangueiro", Marcos pode-se considerar um felizardo. Poucos atletas conseguem ser tão queridos e simpáticos para dirigentes, torcedores e até para os atletas e torcedores de outras equipes. Marcos conseguiu.

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