sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Marco Aurélio Mello joga para a platéia; mas Celso e Barroso respeitam a Constituição

A democracia é o mais moderno, mais belo e mais inteligente sistema político que existe. Os que questionam a democracia, é porque possuem algum ranço de regimes de força, ditaduras que abalaram vários países do mundo e, no nosso caso de sul americanos, quase todos os países.
No julgamento da AP 470, chamada pela imprensa conservadora e antedemocrátrica de mensalão, mesmo sem provas contra alguns réus, que foram julgados à revelia pelo STF quando deveriam passar primeiro por um processo primário e depois é que poderiam chegar ao STF, a Imprensa televisiva, principalmente, que domina a cabeça de parte da população com novelas fajutas e imbecis, tratou de dar espaço exagerado a alguns ministros como Gilmar Mendes, Marco Aurélio (Collor) de Mello e, principalmente, ao presidente Joaquim Barbosa.
Loucos por uma mídia televisiva, fissurados por um holofote global, alguns ministros votaram contra um novo julgamento dos envolvidos da AP 470. No final da votação de ontem, deu empate, 5 a 5. Beleza, bem democráticos, apesar dos "holofoteiros". Mas a decisão, que será na quarta-feira, com o voto do ministro Celso de Mello, o decano do STF, já se sabe mais ou menos qual será: apoiar o recurso por um novo julgamento. 
Celso de Mello já se manifestou em várias oportunidades que é a favos dos recursos, pois, segundo o ministro, "o processo penal, no contexto do Estado Democrático de Direito, rege-se por determinadas prerrogativas e garantias que a Constituição da República estabelece, impondo limites à ação do Estado e fixando direitos básicos em favor das pessoas que sofrem acusações criminais".
Ontem, o ministro Marco Aurélio Mello,  criticou a posição do ministro Luiz Roberto Barroso, sobre a fala do ministro,  que disse que pediu a palavra quando falava Gilmar Mendes,outro louco por holofote, e disse: "Como quase tudo que faço na vida , faço o que considero certo, correto. O que vai sair na Imprensa no outro dia na fão diferença para mim".  Marco Aurélio Mello, esboçando um sorriso debochado, partiu para o ataque a Barroso, que é o mais novo membro do STF:
"Vejo que o novato parte para a crítica ao próprio colegiado, como partiu em votos anteriores. Disse, inclusive, que se estivesse a julgar não decidiria da forma com que decidimos". E depois foi mais longe:  "Eu me preocupo com o que sai na Imprensa, sim", deixando claro que seu voto é mais para a platéia, para agradar a seus amigos da Imprensa.
Barroso então voltou a falar:
"Não tenho nenhum direito de polemizar com essa Corte. O fato de eventualmente divergir não significa crítica ou que os outros ministros estejam errados e eu, certo.  No geral, acompanhei as decisões e disse, mais de uma vez, que considerei extraordinário o trabalho que desenvolveu (referindo-se ao ministro Joaquim Barbosa), e a coragem do revisor (Ricardo Lewandowski) de defender suas ideias. Se alguém do tribunal se sentiu ofendido, não era a intenção. Votei de acordo com minha consciência" - concluiu.
Quarta-feira termos o voto de do decano Celso de Mello e a certeza de que a democracia no STF existe pelo menos na cabeça de alguns ministros. E que nem todos que estão lá jogam para a platéia, para o que a Imprensa vai publicar nos jornais e mostrar na TV. Alguns, pelo menos 60%, estão imbuídos de preservar a democracia e respeitar a Constituição.

Um comentário:

  1. Comparem estes dois Srs. O Brasil é mesmo uma DITADURA!!!! FORA PT!!!!!

    Joaquim Barbosa
    - Joaquim Barbosa nasceu em Paracatu, noroeste de Minas Gerais. É o primogênito de oito filhos . Pai pedreiro e mãe dona de casa, passou a ser arrimo de família quando estes se separaram.
    - Aos 16 anos foi sozinho para Brasília , arranjou emprego na gráfica do Correio Braziliense e terminou o segundo grau, sempre estudando em colégio público.
    - Entrou na Faculdade de Direito sem necessitar de cotas.
    - Obteve seu bacharelado em Direito na Universidade de Brasília, onde, em seguida, obteve seu mestrado em Direito do Estado.
    - Foi Oficial de Chancelaria do Ministério das Relações Exteriores (1976-1979) , tendo servido na Embaixada do Brasil em Helsinki, Finlândia e, após, foi advogado do SERPRO - Serviço Federal de Processamento de Dados (1979-84). Prestou concurso público para procurador da República, e foi aprovado .
    - Licenciou-se do cargo e foi estudar na França, por quatro anos, tendo obtido seu mestrado e doutorado ambos em Direito Público, pela Universidade de Paris-II (Panthéon-Assas) em 1990 e 1993.
    - Retornou ao cargo de Procurador no Rio de Janeiro e Professor concursado da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
    - Foi Visiting Scholar no Human Rights Institute da Faculdade de Direito da Universidade de Columbia, em Nova York (1999 a 2000) e na UCLA - Universidade da Califórnia - Los Angeles School of Law (2002 a 2003).
    - Fez estudos complementares de idiomas estrangeiros no Brasil, na Inglaterra, nos Estados Unidos, na Áustria e na Alemanha - é fluente em francês, inglês, alemão e espanhol.
    - Toca piano e violino desde os 16 anos de idade.

    José Antonio Dias Toffoli
    - Em um passado não muito distante foi formado pela USP.
    - Pós Graduação: nunca fez.
    - Mestrado: nunca fez.
    - Doutorado: também não.
    - Concursos: em 1994 e 1995 foi reprovado em concursos para Juiz Estadual em São Paulo (note que é concurso para Juiz Estadual e não Federal) .
    - Depois disso , abriu um escritório e começou a atuar em movimentos populares. Nessa militância , aproximou-se do deputado federal Arlindo Chinaglia e deu o grande salto na carreira ao unir-se ao PT .
    - Aproximou-se de Lula e Jose Dirceu , que o escolheram para ser advogado das campanhas eleitorais de 1998 , 2002 e 2006 .
    - Com a vitória de Lula , foi nomeado sub chefe de Assuntos Jurídicos da Casa Civil , então comandada por José Dirceu .
    - Com a queda do chefe , pediu demissão e voltou à banca privada .
    - Longe do governo , trabalhou na campanha à reeleição de Lula , serviço que lhe rendeu 1 milhão de reais em honorários .
    - No segundo mandato , voltou ao governo como chefe da Advocacia-Geral da União .
    - José Antonio Dias Toffoli é duas vezes réu. Ele foi condenado pela Justiça , em dois processos que correm em primeira instância no Estado do Amapá .
    - Em termos solenemente pesados, a sentença mais recente manda Toffoli devolver aos cofres públicos a quantia de setecentos mil reais, dinheiro recebido "indevidamente e imoralmente" por contratos ilegais, celebrados entre o seu escritório e o governo do Amapá.
    - Um dos empecilhos mais incontornáveis para ele é a sua visceral ligação com o PT, especialmente com o ex-ministro José Dirceu.
    - Sua carreira confunde-se com a trajetória de militante petista, sendo que essa simbiose é, ao fundo e ao cabo, a única justificativa para encaminhá-lo ao SupremoTribunal Federal, onde tomou posse em uma das cadeiras no dia 23 de outubro de 2009, indicado pelo Presidente da República.

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