quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Paysandu mesmo no sufoco, sai da zona

Os mais aficionados por futebol ou por times, costumam dizer que "o que importa é vencer. Nem que seja de meio a zero".
Para o Paysandu ontem a coisa funcionou mais ou menos assim. Na zona de rebaixamento já há 11 rodadas, a equipe bicolor saiu ontem depois da suladíssima vitória contra o Ceará, por 2 a 1, numa partida em que Arturzinho comemorou e com certeza prometeu ir à Igreja hoje, rezar e agradecer o despretensioso chute de Héliton que resultou no segundo gol da equipe e que salvou o técnico das inúmeras críticas que receberia, tanto da Imprensa como da torcida, logo após o apito final do árbitro O time alviceleste mais uma vez apresentou um futebol só regular no primeiro tempo e fraquíssimo no segundo.
O Paysandu começou até bem a partida contra o alvinegro cearense. Como já postei anteriormente, Aleilson foi bem encaixado no ataque bicolor e ontem, com  o empenho de toda a equipe e apoio de quase 10 mil torcedores, tudo indicava que a história seria diferente das rodadas anteriores em que o Paysandu ensaiava sair da zona, mas no final entregava de bandeja para o adversário.
O primeiro gol do Paysandu aconteceu num chute em que o "montinho artilheiro" ajudou nas preces dos bicolores e atrapalhou o goleiro Fernando Henrique. A jogada de Eduardo Ramos foi perfeita, mas a bola seria facilmente agarrada por FH se não bate no montinho.
Depois do gol o Ceará não se entregou. Foi em frente e por pouco a partida não termina empatada, embora o Paysandu tenha reclamado com razão um pênalte em Aleilson, que só quem não viu foi o árbitro Ronan Marques Rosa. O penal foi claríssimo!
No segundo tempo, quase que Arturzinho assina seu atestado de óbito. Nos primeiros minutos, mexeu errado, tirando Aleilson e colocando Héliton, deixando o veterano e cansado Iarley em campo, mesmo que todos notassem o atleta esbaforido.
O técnico do alvinegro cearense Sérgio Soares, ao contrário de Arturzinho, fez a coisa certa. Sentindo que o Ceará só atacava por um lado, e vendo a fragilidade de Pikachu em marcar, inverteu os laterais, triou o meia Lulinha e colocou mais um atacante, o grandalhão Leo Gamalho. Foi o suficiente para o Paysandu, que já perdia no meio de campo, se comprometer com o compressor cearense formado por Ricardinho, Mota, Leo Gamalho e Magno Alves.
Assim, o Ceará que pressionava muito o Paysandu, conseguiu empatar o jogo aos 20 minutos, numa jogada em que a defesa bicolor bateu cabeça e terminou sofrendo um gol de Ricardinho, de costas. Aliás Ricardinho foi um dos melhores jogadores do Ceará.
Recuado e pressionado, o Paysandu pagava pelo erro de Arturzinho, que só resolveu tirar Iarley aos 34 minutos. Djalma, prata da casa e bom jogador, entrou bem no jogo e melhorou o sistema de ataque do time, embora o Ceará continuasse melhor. Mas numa jogada pela esquerda, a bola sobrou para Héliton, que pouco estava rendendo. O meia atacante driblou, limpou e chutou despretensiosamente. Fernando Henrique estava adiantado e só viu a bola praticamente morrer na trave e entrar para o fundo das redes.
Tinham se passado 39 minutos e restava pouco para o Vovô cearense conseguir o empate.
Mesmo com a vitória, apertadíssima e sem convencer, o Paysandu deixou claro que tem que melhorar o seu sistema defensivo e o meio de campo. No ataque, Arturzinho tem que analisar melhor como trabalhar com o pouco material humano que tem. Errou deixando o cansado Iarley e jovem Héliton juntos, embora este que tenha salvado a pátria. Se deixasse Aleilson e Héliton e mais Djalma, certamente o ataque funcionaria melhor e o time não teria sofrido tanta pressão, podendo ter até uma vitória mais tranquila.
O Paysandu, pelo que se observa, está jogando somente um tempo. No outro, recua, se defende como pode, e sempre "entrega o ouro". Ontem foi um caso isolado. Mas nas últimas partidas foi visível que o time cansa ou então entra no conformismo de achar que um ou dois gols é vitória garantida. 
O time bicolor saiu da zona, mas São Caetano e América RN estão batendo na porta da equipe paraense, com apenas um pontinho a menos. Todo cuidado é pouco. Principalmente porque virão agora duas partidas fora de casa.

Um comentário:

  1. O Mais interessante foi ver na relva da Curuzu, os bicolores usarem 7 cabanos. Nao fosse isso o treineiro estaria com sua cachorrinha no rumo do aeroporto.
    Por hora o pescoço de Arturzinho segue salvo, mas há óleo nele.

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