Advogado de criminoso diz que bandido tem "código de ética profissional".

Insegurança nas escolas, insegurança nas universidades. Não se sabe a quem apelar, se ao Poder Público, que tem a real obrigação de dar segurança aos cidadãos e obviamente aos estudantes, sejam secundaristas ou universitários, ou à segurança particular das escolas e das universidades. O fato é que depois do triste e ao mesmo tempo terrível caso de Realengo, quando o desequilibrado Welington entrou pelo portão principal da escola com a maior facilidade possível, armado de dois revólveres e com muita munição matou 12 crianças e deixou outras feridas, passou a existir uma maior preocupação por parte de pais, professores, diretores, reitores e das próprias autoridades, no sentido de impedir que fatos do gênero se repetissem.. 

Embora hoje se veja, pelo menos em algumas escolas, dupla de policiais dando segurança para que traficantes, assaltantes e criminosos não consigam seu intentos, e em agumas escolas, principalmente as particulares, câmeras de de filmagens e segurança, aos que parece ainda é pouco. Falta muita coisa ainda. Um exemplo é o fato acontecido no último dia 18, quando o jovem Felipe Ramos de Paiva, de 24 anos,  estudante da USP, quando se dirigia para seu carro, no estacionamento da universidade, sofreu  assalto seguido de morte. Dos dois bandidos que assaltaram e mataram o estudante, um apresentou-se ontem, com advogado, prestou depoimento e foi liberado. Irlan Graciano Santiago, de 22 anos, segundo o delegado Maurício Guimarães foi liberado porque não tem antecedentes criminais e apresentou-se espontâneamente. O delgado disse ainda que pedirá a prisão preventiva do bandido até um provável (ele disse provável!) julgamento. Enquanto isso Irlan vai ficar solto para  talvez assaltar e assassinar novamente.

O fato mais curioso, fora a decisão do delegado de liberar o criminoso, segundo ele obedecendo a lei, é que Irlan saiu sorrindo ao lado de seu advogado, Jeferson Badan. O bandido teve coragem de dizer que o estudante da USP "morreu porque quis. Se ele não  tivesse reagido ele estaria vivo, não teria morrido". Quando descaração, desrespeito ao ser humano, à família da vitima. Mas pior ainda foi o que falou o advogado Jeferson Badan, quando o repórter lhe perguntou perguntou ao latrocida  se ele não iria dar o nome do outro bandido, seu colega, que segundo Irlan foi quem aturou no estudante. Como o bandido não responde,  o advogado tomou a frente e soltou a pérola: "Todo profissional tem um código de ética. Os criminosos e assaltantes também têm. Eles jamais entregam o parceiro". Para Badan, criminoso, assaltante é profissipnal e têm ética. Matar e assaltar para o criminalista é profissão legal como qualquer outra.

Seria importante que a OAB chamasse esse profissional do direito para se explicar onde foi que ele estudou que aprendeu que crime é profissão legal e que os criminosos, lógicamente para o Dr. Badan, "profissionais do crime" têm que ter ética. Dr. Ophir, o senhor que está em todas,  com holofotes diários  ao seu redor, as emissoras de rádios, TVs e jornais mostraram um bandido dizendo que a vítima morreu porque ousou se defender e seu advogado diz que bandido tem código de ética. Será que teremos que ouvir, sempre isso? O Blog postou o vídeo para os advogados sérios pensarem e avaliarem o que falou o "colega ético".