sexta-feira, 17 de junho de 2011

A "prisão" do "animal"

Não vou defender o Edmundo, tampouco crucificá-lo, pela sua rápida prisão de menos de 24 horas,  apesar de achar que quem erra tem que pagar pelo erro. O problema com o ex-jogador e hoje comentarista aconteceu já há alguns anos, já deveria ter prescrevido. Edmundo, na época um jovem de 22 anos, empolgado com o sucesso e com o dinheiro que ganhava, ao sair de uma boate no Rio de Janeiro, pilotando sua Cherokee bateu  em Fiat Uno e no acidente morreram três pessoas, dentre as quais uma amiga que havia saído com ele da boate.
Nesses 16 anos do acidente Edmundo, embora diga que vem sofrendo uma barra muito pesada, nunca foi preso. Ele sempre consegue "habeas corpus" e assim vai postergando. Tudo bem que seu crime já deve ter prescrevido, mas até o presente os parentes das vítimas, que clamam por justiças, não receberam nenhuma satisfação da Justiça, nem mesmo uma modesta indenização por seus entes perdidos. 
O jogador, hoje um homem mais maduro, com quase 40 anos, deve estar sofrendo, como declarou aos seus amigos. É normal, apesar de "animal" deve ter alguma sensibilidade. Mas insisto, e as famílias das vítimas? Será que nesse longo período de 16 anos, também não estão sofrendo?
Acho que o que Edmundo deveria fazer era chamar seu advogado e fazer de imediato um acordo com as famílias das vítimas e resolver o problema de vez. 
E é bom que ele aprenda que não adianta chiar com os jornalistas, alegando que o assunto não merecia o destaque que a Grande Imprensa deu. Lógico que merecia e merece. A Imprensa vive de mídia, de assuntos, até mesmo de fofocas.  Ele, apesar de ser ex-jogador, continua sendo uma pessoa pública, que dá mídia, pois jogou em grandes equipes do Brasil e  na Seleção Brasileira, embora tenha feito na Canarinha algumas tolices, como aquela de chutar o fotógrafo.
Quem foi famoso principalmente no Esporte ou nas Artes, tem sempre a seu favor um legado. Se tiver cabeça e um pouco de sorte preserva este legado. Mas quando vacila, ele vira "decomforça" como virou para Mike Tyson, O.J. Simpson e outros.

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