O assassinatos do sindicalista e preservacionista do meio ambiente José Cláudio Ribeiro da Silva e de sua companheira Maria do Espírito Santo da Silva não se constituiu nenhuma surpresa para quem está acostumado a conviver com a ação da pistolagem e do crime organizado no interior do Pará. Ele próprio, José Cláudio, como Chico Mendes havia feito também, cantou a pedra quando deu entrevista em Novembro passado à uma emissora de TV estrangeira e falou que ele e sua família estavam sendo ameaçados de morte por pessoas que tinham interesse em vê-lo longe da comunidade de Praialta-Piranheira, em Nova Ipixuna, onde o casal trabalhava em projetos de preservação ambiental e sustentáveis. O casal era membro do Conselho Nacional de Seringueiros, entidade fundada pelo seringalista Chico Mendes, também assassinado a mando do latifúndio.
Os assassino de José Cláudio e Maria do Espírito Santo, usando do máximo de crueldade, ainda arrancaram a orelha do camponês, talvez para "provar" ao mandante que haviam executado o trabalhador.
O duplo assassinato indigna o Governo do Estado e a população paraense, e mancha ainda mais o nome do Pará, sempre envolvido nesse tipo de crime de pistolagem. Todos em nosso Estado estão cansados de ver os crimes bárbaros acontecerem a mando de latifundiários interessados apenas em desmatar, grilar, apoderar-se de terras para se beneficiar da madeira ou da criação de gado.
Os deputados João Carlos Batista e Paulo Fonteles, o líder camponês João Canuto, os sindicalistas e trabalhadores rurais Expedito e Bené, Irmã Doroty e agora o casal José Cláudio e Maria do Espírito Santo são alguns dos vitimados do crime de pistolagem que continua muito organizado em nosso Estado.
Assim como o Governador do Estado manifestou sua indignação, classificando o duplo homicídio de "atitude irracional e hediondo", determinando imediatamente uma ação energética por parte de todo o sistema de Segurança Pública do estado, a Presidenta Dilma também se manifestou e além da Polícia do Estado, também a Federal está em campo à procura dos assassinos e dos mandantes, o que é essencial para as autoridades chegarem "In loco" ao foco da criminalidade organizada.
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