EUA desrespeitam até sua própria história

Gerônimo: prisioneiro de sua nação

Um dos maiores líderes indígenas norte americanos, o Grande Chefe Apache Gerônimo,  teve seu nome usado na operação que deu fim a BinLaden. "Gerônimo EKIA", nome do código que noticiou para o presidente Barack Obama a morte de Osama Bin Laden, é a concentração do nome do Chefe Apache "Gerônimo Enemy Kille in Action", que traduzindo quer dizer "Gerônimo Inimigo Morto em Ação".

Várias entidades que defendem o direito indígena americano estão protestando com a sigla, que segundo elas, fere a própria história americana, embora os índios americanos tenham sido praticamente exterminados no século 19 por matadores profissionais como General Custon, Bufallo Bill e outros.

"O emprego impróprio de ícones da cultura indígena americana está sendo muito comum em nossa sociedade. consequências sobre o espírito das crianças indígenas e não indígenas é devastadora", lamenta a Assessora-Chefe do Comitê de Assuntos Indígenas do Senado Americano , LorettaTuell.

Quem também protestou foi o Congresso Nacional dos Índios Americanos (NCAI), maior organização representativa dos índios dos EUA. "Associar um guerreiro índio a Bin Laden não é uma atitude justa para a história", protestou  em comunicado o presidente da NCAI.

A natureza americana em exterminar vem de séculos. O líder apache Gerônimo, como também  seu contemporâneo, o chefe indigena  Touro Sentado foram mortos pelos próprios americanos. Gerônimo, que morreu com 80 anos, passou os últimos 20 anos de sua vida como prisioneiro de guerra nos EUA.