Sábado lembrei de Paolo Ricci. Com um problema de rinite que me perturbou a noite toda, acordei pela madrugada e fiquei a admirar alguns trabalhos de pintura que tenho em casa, um deles uma obra de de Paolo Ricci,comigo há pelo menos 12 anos. Fiquei a imaginar como estaria o pintor, a quem não via há tempos e que tive o privilégio de conhecer e conversar em várias oportunidades, quando falamos de artes plásticas, literatura e poesia, paixões minhas e de Ricci. O trabalho que tenho dele é uma obra bonita, embora triste. Retrata um homem solitário em uma praça, sentado parecendo pensativo.
De traço perfeito e smpre com muitas cores, a pintura de Ricci pode ser classificada como impressionismo. O artista, sempre calma e de fala mansa, além de pintor era ligado à literatura. Certa feita, levou e mostrou-me um de seus livros de poesias, se não me falha a memória, de poucas páginas e de diagramação elegante, coisa típica de artista. Numa das oportunidades, mostrou-me o convite de exposição nos EUA, quando falou-me muito feliz que os EUA e a própria Casa Branca abrigaram sua arte, na época visitada ate pelo presidente Juscelino Kubstcheck.
Paolo Ricci, mesmo fora há muitos anos de sua cidade natal, Lucca, região da Toscana na Itália, ainda tinha um leve sotaque italiano. Mostrei-lhe algumas obras de um irmão meu que é também pintor. Foi nessa oportunidade que adquiri um trabalho seu.
Hoje quando tive a notícia de seu falecimento confesso entristecido que Belém perde além de uma grande artista, um intelectual que parece, respirava arte todos os dias. Nossos sentimento à família de Paolo Ricci.
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