Um clássico que cansou os olhos

O clássico Paulista entre Corintians e Santos teve um primeiro tempo muito monótno, com uma atuação apenas regular das duas equipes. O jogo foi muito concentrado na marcação individual, não permitindo que os principais atacantes em campo -Liedson e Bruno César pelo Corintians e Neymar e Zé Eduardo, pelo Santos. Aliás, é incrível como  Zé Eduardo pelo Santos e Dentinho pelo Corintians estão sem pontaria nos últimos jogos. Nem um nem outro estão marcando gols para suas equipes, o que vem deixando os treinadores preocupados e as duas torcidas chateadas.

Nessa monotonia, o que salvou o primeiro tempo foi o chute de Neymar quase sem ângulo que bateu na trave do goleiro coeintiano e a arrancada de Bruno César, que levou um grande perigo à meta de Rafael. O lamentável ainda na primeira etapa foi a distensão de Paulo Henrique Ganso, que o tirou do jogo de volta pela Libertadores de quarta-feira com o Once Caldas, e possivelmente também da partida de domingo que decidirá o Campeão Paulista de 2011.

Na segunda etapa o treinador santista colocou Alan Patrick com trancinhas a la Arouca no lugar de Ganso, mas o volante pouco contribuiu para dar sequência ás jogadas de meio de campo para o ataque. Mesmo assim, Neymar voltou mais voluntarioso, mais solto e com muita vontade de marcar. Muricy  tirou Elano, meio apagadoo atacante Zé Eduardo e colocou Pará, para reforçar a lateral e ajudar no ataque e Keirrison, que pouco produziu na frente. 

O Corintians, que tinha um Jorge Henrique praticamente parado, resolveu  tirar Bruno César, que juntamente com Liedson era quem mais se movimentava no ataque e pôs Morais, e colocou Willian, que estranhamente está na reserva, no lugar de Dentinho, uma  figura apagadíssima no jogo. Só poderia dar empate mesmo.

A decisão ficou mesmo para domingo, na Vila Belmiro. O Santos vem de vários embates e pode sofrer pelo cansaço e desfalque de Paulo Henrique Ganso. Já o Corintians tem que arrumar melhor a casa, pois com o meio de campo que entrou ontem com Paulinho, Dentinho e Jorge Henrique, ficou comprovada a dificuldade para a bola chegar em Liedson, que com ela nos pés é sempre um perigo.