A
falta de, sequer, uma avertência ao ato de racismo praticado pelo
deputado Jair Bolsonaro – que, espertamente, desviou o foco para a
questão da homofobia e ainda se projetou – está frutificando num
sentimento cada vez maior de impunidade em relação à discriminação
racial.
Mesmo com a denúncia do jornal O Dia
de que uma empresa aceitava, pela internet, pedidos de empregadas
domésticas especificando a cor da “cútis” para escolher as candidatas, o site, até o meio-dia de hoje, continuava a colocar esta opção de seleção.
É inacreditável que num país que inscreveu o racismo como crime
inafiançável – sobretudo como advertência para que o preconceito não se
transformasse em atos concretos de discriminação – isto esteja
acontecendo.
Não faz muito escrevi aqui que o Brasil tem uma elite saudosa da escravidão.
E ainda prefere que os escravos sejam brancos.
Vou procurar meu companheiro e amigo Edson Santos e oferecer meu apoio á
iniciativa que ele anunciou de procurar a Polícia Federal para que ela
tome providências contra a empresa responsável por isso. O que, aliás,
não precisaria nem ser pedido. (Do Tijolaço do Brizola Neto).
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