segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

"O Artista" ganha cinco prêmios e desbanca diretores como Allen e Scorsese

Um filme mudo, em preto e branco e com poucas estrelas no elenco foi o grande vencedor do Oscar na noite de ontem. "O Artista", de Michel Hazanavicius, com os desconhecidos Jean Dujardin e Bérenice Bejo ganhou cinco estatuetas, as principais: de Melhor Filme, Melhor Diretor, para o francês Jean Hazanavicius, Melhor Ator para o também francês Jean Dujardin, além de Melhor Figurino e Melhor trilha sonora, este último prêmio tirando o sonho dos brasileiros Sérgio Mendes e Carlinhos Brown que concorriam. A americana Meryl Streep, protagonista de "A Dama de Ferro", que retrata a vida da Primeira Ministra inglesa Margarth Thatcher foi escolhida como Melhor Atriz e abocanhou o segundo Oscar de sua carreira.
O outro filme mais premiado da noite também com cinco estatuetas foi "A Invenção de Hugo Cabret", de Martins Scorsese, que trata da história da vida secreta de um garoto órfão nas paredes de uma estação de trem em Paris. 
A premiação de Hollyood foi uma escolha justíssima pelo conjunto das duas excelentes obras. Mais ainda para o diretor de "O Artista", Michel Hazanavicius, que com a espetacular vitória de seu filme botou no chinelo premiados diretores como Woody Allen, Terrence Payne e o próprio Martin Scorsese, que na véspera era apontado como o vencedor.
Para ganhar em Hollyood tem mesmo que ser "Artista"
"O Artista" foi filmado todo em preto em branco e não tem em seu elenco nomes muito conhecidos. Além dos vitoriosos como Melhor Diretor Michel Hazanavicius e de Melhor Ator Jean Dujardin, o filme conta com a exceente interpretação da atriz francesa Bérenice Bejo. O filme foi lançado ano passado na França e estreou no Brasil no início deste mês. Alem de conquistar os cinco Oscar, "O Artista" levou prêmios também no Festival de Cannes e o Globo de Ouro, uma prova de que a premiação de ontem já era esperada por diretor e ator, portanto não foi nenhuma surpresa.
A película é nostálgica e trata do momento de transformação do Cinema Mudo (na década de 20). O personagem vivido por Dujardin, George Valentin, não acredita no futuro da nova invenção. Tipo um Chaplin, que não queria jamais entrar no circuito do Cinema falado. Além do estilo "cult", "O Artista" homenageia  através de aspectos da própria vida do personagem de Dujardin na fita,  artistas que fizeram história na Hollywood dos anos 20 como Charlie Chaplin, Douglas Fairbanks e Rodolfo Valentino.
"O Artista" conquistou a Academia de Hollywood e os cinéfilos do mundo não somente pelo seu estilo "cult" e meio retrô, mas também pelo talento criativo do diretor Hazanavicius e a perfeita interpretação dos atores Michel Dujardin e Bérenice Bejo, que mostraram que a arte cinematográfica na Europa avança e tem tudo para voltar aos seus melhores dias.

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