A obra do pintor espanhol Pablo Picasso "Jeune Fille Endormie", em que o pintor retratou sua amante Marie Thèrése Walter, desde a exposição que homenageou Picasso no MoMA em 1939,
nunca mais foi visto. Logo após a exposição, a obra foi vendida e o novo
dono tratou de mantê-la longe do público e dos holofotes da mídia por
mais de 60 anos. Até que uma causa nobre o fez mudar de ideia.
O
quadro, de cores vibrantes em que Marie Thérèse aparece dormindo sobre
seus próprios braços cruzados, supôe-se tornou-se propriedade de um misterioso milionário americano, foi leiloado pela Christie’s de Londres, no dia 21 de
junho e o valor arrematado (algo em torno de 10 milhões de euros) será
integralmente doado à Universidade de Sidney, na Austrália. A obra foi arrematada com a promessa de que todo o valor arrecadado é para ser investido em
pesquisas científicas sobre diagnóstico e tratamento de obesidade,
diabetes e doenças cardiovasculares.
Marie
Thérèse foi, sem dúvida, uma das grandes paixões da vida de Picasso.
Eles se conheceram por acaso, na rua, como ela mesma contou, quarenta
anos depois, em entrevista à revista Life. Esta passagem está descrita no livro "Picasso", da Série Biografias:
Em 8 de janeiro de 1927, uma moça muito bonita sai das Galerias Lafayette. (…) Está sozinha, ou talvez acompanhada da irmã. Tem apenas dezessete anos [Picasso tinha 45], mas parece ter saído há muito da adolescência. Sua beleza vai entrar na história da arte. Pablo Picasso, no mesmo momento, passa pelo Boulevard Haussmann. O homem é seduzido, o pintor, fascinado.(…) Picasso a teria abordado, pegando-a pelo braço, apresentando-se, dizendo-lhe a intenção de fazer dela um retrato e proclamando que eles realizariam “grandes coisas juntos”.
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