Asdrubal (o da divisão do Pará) foi condenado pelo STF a três anos de cadeia

O deputado Asdrubal Mendes Bentes foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal ( STF), a mais três anos de reclusão, embora se saiba que atrás das grades o parlamentar do PMDB nunca vai ficar. Asdrubal, que já foi titular da Sepaq (Secretaria de Pesca e Aquicultura do Pará), no atual Governo, é um dos mais ferrenhos defensores da divisão do Pará, estando na linha de frente, juntamente com outro parlamentar, Giovanni Queiroz, na empreitada para dividir o estado. Com sua condenação de Asdrubal deve perder um pouco o fôlego e baixar o fogo na questão da divisão do Estado, uma vez que a moral vai cair ainda mais, depois da condenação. A condenação do parlamentar do PMDB se deve ao crime de laqueadura em mulheres, que fere a Lei de Planejamento Familiar. 

Asdrubal foi denunciado pelo Ministério Público no primeiro semestre de 2004, quando o deputado com total apoio de sua companheira e de sua enteada, através da fundação "PMDB Mulher", recrutou senhoras com o simples intuito eleitoreiro, credenciou-as a fazerem laqueadura tubária, o que em poucas palavras significa esterilização.

Dos 10 ministros presentes, oito optaram pela condenação do deputado Asdrubal Bentes. Um dos relatores, o ministro José Antonio Dias Toffoli, defendeu a substituição da pena do deputado, que seria de três anos, um mês e dez dias de reclusão, ao pagamento de 54.500 reais como doação a entidades de fins sociais, além da suspensão dos direitos políticos pelo tempo da pena, ou seja, mais de três anos sem disputar nada. O primo do senador Collor, ministro Marco Aurélio Mello, foi o único a absolver o réu. Sobre o mandato de deputado federal a Câmara dos Deputados é quem decidirá se a condenação implicará na perda do mandato parlamentar.