O famoso poema de Carlos Drummond de Andrade "No meio do Caminho", onde o poeta mineiro de Itabira diz:
"No meio do caminho tinha uma pedra.
Tinha uma pedra no meio do caminho.
Tinha uma pedra.
No meio do caminho tinha uma pedra
me faz lembrar a situação que o Paysandu vive hoje nos preparativos para o jogo de domingo contra a equipe do Rio Branco, na Arena da Floresta, no Acre. O discurso do técnico do Paysandu, Roberto Fernandes, é perfeito, como a própria Imprensa gosta de afirmar. Mas isso não é suficiente para vencer o Rio Branco em seus domínios. O Rio Branco tem se mostrado uma equipe de qualidade mediana, mas quando joga em casa cresce, além de sempre acontecer fenômenos na arbitragem. Isso já aconteceu com várias equipes paraenses, inclusive com a Tuna que foi garfada pela arbitragem no Acre, em partida pela mesma Série C.
Fernandes é muito bom... de papo! |
O Rio Branco está praticamente dentro da nova fase da Série C. Com 13 pontos, basta um empate frente o Paysandu para praticamente garantir sua classificação. Mas será que a equipe acreana vai se satisfazer com um simples empate dentro de casa? Claro que não. Por isso acho completamente equivocada a posição de Roberto Fernandes quando o "Coach" diz que quer trazer pelo menos um ponto do Acre. Mesmo se empatar, com um ponto, o Paysandu completará 12 e terá que ganhar de qualquer maneira do fraco Araguaína, o que perfazerá 15 pontos. Mas tem três "se" aí: o do empate, o da possível vitória no Acre e o da vitória do Paysandu em casa. Em derrota, que o Rio Branco so fala em seu terreiro, ninguém fala. Como também na possível "zebra" dentro de casa. Ninguém quer lembrar do "fator Salgueiro".
O Paysandu tem é que entrar para ganhar o jogo, com dois ou até três atacantes. Fernandes não pode ficar na conversa mole que vem tendo com os atletas há vários meses, sem conseguir definir uma equipe competitiva. É a velha história: "ou calça de veludo..."
A verdade é que no meio do caminho do Paysandu existem várias pedras. E essas pedras podem ser o grande empecilho da classificação. E se acontecer o pior -o que nós podem crer, não queremos!-, mais uma vez o futebol paraense vai perder para um "estrategista" que tem um excelente papo. Que tira lateral e bota zagueiro central. Que tira um meia e põe um volante defensor. Que tem dúvidas e mais dúvidas com o ataque, chegando a tirar do treino o atacante que veio para ser "o goleador da equipe" e em seu lugar por um atacante caseiro. Aí tudo bem. Só que na hora H é perigoso -muito perigoso!- ele desfazer o que treinou e emendar. Aí além da pedra no meio do caminho, a tal emenda poderá ser pior que o soneto, e até da poesia.
Perguntar não ofende, mas por que você não fala e não destaca o jogo que marcou o milésimo jogo da carreira de Rogério Ceni? Só porque não gosta dele?
ResponderExcluirLUIZ PAULO PINA
Acho que o Rogério, como jogador, tem uma grande importância para o São Paulo e atép ara o futebol brasileiro. Haja visto que nunca um atleta demorou tanto em um so Clube.
ResponderExcluirMas acho, que o Rogério não foi preparado para ter tantas loas, porque em vários aspectos de sua vida, deixa transparecer a bossalidade, a falta de humildade e o desprezo
pelas pessoas, até por seus compaheiros de clu
be. Então, como atleta do São Paulo, nota 10. Como ser humano nota 4.
Mas esse recorde não é maior que o numero de jogos que Dinamite fez pelo Vasco e o Pelé pelo Santos. Não se exatamente quantos jogos fizeram, mas sei que fizeram mais de 1000 jogos em seus respectivos clubes.
ResponderExcluirLUIZ PAULO PINA
É. Em termos de futebol e de Santos Pelé é "hors concours". Quase 1300 gols na carreira e no Brasil só jogou no Santos. O mesmo aconteceu com Dinamite, que além de mais de mil jogos, como o Rei, só passou poucos meses fora do Vasco, em 80, quando foi para o Barça e por causa de problemas com o técnico, não ficou. Voltou para o Brasil e na re-estréia fez 4 no Corintians. É mole, o cara?
ResponderExcluiro Pelé jogou no NY York Comsos,no Santos e só né ?
ResponderExcluirExatamente. Mas o Pelé eu acho incomparável. Ninguém, ninguém mesmo conseguiu fazer 50 por cento do que ele fez com a bola. Um gênio!
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